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Sol e vento podem ser o petróleo de Portugal

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Portugal “não produz petróleo”, mas pode aproveitar as energias solar e eólica para produzir e exportar hidrogénio verde para a Europa, diz o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

“Portugal não produz petróleo, mas tem sol e vento que podem ser exportados“, afirmou Pedro Nuno Santos aos jornalistas à margem da assinatura do memorando de entendimento do Projeto H2Sines.RDAM.

Este projecto vai permitir o desenvolvimento de um corredor logístico de hidrogénio verde que ligará, por via marítima, os portos de Sines (Setúbal) e Roterdão (Países Baixos).

O ministro diz que o país deve “aproveitar” a “capacidade de produção de energia por fontes renováveis, nomeadamente através da solar e da eólica, e exportar essa energia, transformada em hidrogénio verde, para o centro e norte da Europa”.

“Este corredor logístico que se está a começar a construir vai-nos dar essa oportunidade, dando centralidade a Portugal naquilo que é o maior desafio da humanidade: a transição ambiental e energética em que estamos todos envolvidos”, referiu ainda o governante.

Por isso, para Pedro Nuno Santos, a aposta na descarbonização e na transição energética é também “uma grande oportunidade económica para Portugal”, colocando “Sines no centro deste grande desafio mundial”.

O Projeto H2Sines.RDAM é desenvolvido por um consórcio que integra as multinacionais ENGIE, Shell, Vopak e Anthony Veder e visa “produzir hidrogénio verde numa unidade” que será instalada na Zona Industrial e Logística de Sines, explicou a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) em comunicado.

O hidrogénio será depois convertido “em H2 Líquido, através de um processo de liquefação” para ser exportado do Porto de Sines para o Porto de Roterdão “já em 2028, tendo como clientes finais empresas de transporte pesado de mercadorias”.

O presidente do Conselho de Administração da APS, José Luís Cacho, considerou que esta é “mais uma peça importante” que “poderá colocar Sines num patamar diferente em termos europeus”, conforme declarações à Lusa.

“E esta parceria com o Porto de Roterdão dá-nos uma centralidade nesta área do hidrogénio que não tínhamos”, reconheceu ainda.

Para o transporte do H2 Líquido será “construído um navio dedicado para o hidrogénio entre Sines e Roterdão”, adiantou ainda o responsável da APS.

Este projeto surge após a assinatura de um Memorando de Entendimento entre os governos Português e Holandês em 2020, cujo âmbito consiste no desenvolvimento de um corredor marítimo estratégico para a movimentação de hidrogénio entre os dois países.

ZAP // Lusa

11 Comments

  1. Necessitamos de importar gás(caro) porque não temos sol e vento suficientes para produzir eletricidade e estes “espertos” já querem exportar hidrogenio verde, que necessita de ainda mais eletricidade para ser produzido…. Querem fazer de nós os “parolos” da Europa endividando o país a fazer experiências com tecnologias caras e não testadas.

    • Desculpe, mas devo corrigi-lo, porque está muito enganado. Em relação à produção foto-voltaica, temos sol mais que suficiente para produzir energia para o nosso consumo e até para exportar.

      O que não temos é centrais suficientes, porque o governo, que até encara este sector como “fundamental e prioritário”, não as licencia. Os processos levam anos sem fim e todos perdemos com isso, porque poderíamos ter energia mais barata e menos dependência estrangeira, entre muitas outras vantagens.

  2. Como chamar estas estranhas deduções de parte do Sr. Ministro , senão de “Futuristas” , como aquelas belas ideias e projetos faraónicos , que nem vem a luz do Dia . entretanto vem ai mais aumentos de custo ao Consumidor , nas Energias Primarias ! . E os investimentos nas Energias renováveis , que só servem para “renovar” o custo en alta da Eletricidade ? …. Portugal , o “Bon aluno de Bruxelas” !

  3. Mas este gajo só diz banalidades e vulgaridades que todos já sabem há imensos anos?!?! Que pateta. Tenho vergonha sempre que ouço este gajo a falar…

  4. Raios ….. esqueceu-se das ondulações Marítimas da Nazaré ! . Jà não há pachorra para tanta “fantasia” , com a dita energia verde eólica que nos custa un balúrdio na fatura de eletricidade en vez de beneficiar !

  5. Já foi talvez com este propósito que encomendaram os grandes incêndios de 2017.
    Fogos pagos por empresários com interesses obviamente.
    Mas os portugueses continuam mais preocupados com o futebol.

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