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Sócrates vai custar ao próximo governo 3 vezes mais que a Troika

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José Sena Goulão / Flickr

José Sócrates com Vieira da Silva

O governo que sair das eleições de 4 de outubro tem de pagar cerca de 54 mil milhões de euros aos credores. Destes, quase 41 mil milhões de euros são Obrigações do Tesouro emitidas no tempo de José Sócrates.

Na próxima legislatura, Portugal vai ter de reembolsar 54 mil milhões de euros em prémios a quem comprou Obrigações do Tesouro e em pagamentos de empréstimos da Troika, mais os respectivos juros.

Segundo cálculos do Dinheiro Vivo, destes 54 mil milhões, o próximo governo vai ter que pagar quase 41 mil milhões de euros em reembolsos de Obrigações do Tesouro emitidas durante a governação de José Sócrates.

Os restantes 14 mil milhões de euros são pagamentos de empréstimos ao governo de Passos Coelho e Paulo Portas feitos pelos credores da Troika: União Europeia, FMI e BCE.

Segundo o DV, o primeiro pagamento que o novo governo vai ter que fazer vence apenas 11 depois da sua eleição e diz respeito a Obrigações do Tesouro no valor de 5,4 mil milhões de euros emitidas em julho de 2005.

A herança é pesada, mas aparentemente, qualquer que seja o governo eleito, há uma solução.

As previsões económicas do Plano de Estabilidade do actual governo reduzem a dívida de forma pronunciada.

“Para esta trajectória, será decisivo o contributo do saldo primário, que deverá ser positivo e crescente durante todo o período”, diz o PE.

Já o PS acredita que a solução passa por assegurar “mais investimento, mas sem agravamento da dívida”.

A dinamização da procura interna gera crescimento, emprego, e isso permite reduzir a dívida. Não o contrário”, explica ao Dinheiro Vivo o economista Mário Centeno, coordenador dos estudos económicos do PS.

ZAP

35 Comments

  1. Mas porque motivo falaram do Sócrates no cabeçalho da notícia?
    Quer-me parecer que esta notícia tem conteúdo manipulador… Sócrates até pode ser condenado, mas cabe aos tribunais e não aos jornais fazerem esse juízo.
    Pra mim acabou as notícias do ZAP

    • Caro RUIESTEVES,
      Obrigado pelo seu reparo. Note no entanto que este artigo, baseada numa notícia de hoje do Dinheiro Vivo, é uma peça de Economia / Política, sobre Obrigações do Tesouro e empréstimos da Troika.
      A peça não tem qualquer relação com (nem referência a) casos de justiça, nem ao ZAP compete de facto exercer o papel de juiz – aspecto em que tem toda a razão.

      • Esta também ficava gira: “Coligação PSD-CDS e Passos Coelho responsáveis por desaparecimento de 30 Mil Milhões de Euros da bolsa” – mas não dava tanto jeito pois não ? Continuem assim, imparciais e objectivos …

        • Aquelas coisitas que supostamente todos temos na caximónia mas ainda bem que variam de caixa para caixa…
          – Não vejo como possa ser responsável por queda na bolsa quem governa sob ajustamento de credores em vez do responsável pela ‘requisição’ dos credores!

          • Refere-se, com certeza, áquilo que internacionalmente se chama “Global Financial Crisis 2007-2008”: Em “PSDês”, “Sócrates”. Falta de neurónios, como muito bem diz. Já enjoa, não acha ?

    • Quando se é pequerrucho ensina-se ‘causa – efeito’. Quando se é infantil ensina-se “compromisso – compensação”. Quando se é graúdo ensina-se “trabalho – contrapartida”… Em adulto pratica-se responsabilidade e imputabilidade.
      Me caro Esteves em que escalão etário se enquadra?

      • … e o escalão do responsável do PSD, Dr. Oliveira e Costa (e infelizmente muitos outros ), qual acha que é ?
        Desculpe intrometer-me na conversa. Não resisti.

        • Aqui é suposto o espaço ser aberto… a adultos e, convenhamos, tentar misturar alhos com bugalhos, implica outro tipo de escalonamento que não resulta das “vontades” de cada um. Melhor, este espaço privado de acesso público – sujeito ao crivo de moderador(a) supostamente é aberto a quaisquer paralelos que tenham pontos de toque! Ora o que noto, e por isso não consigo adiantar mais, é que os da sua enviesada comparativa estão sob a alçada da justiça com a diferença de um estar em prisão domiciliária enquanto o seu protegido mantém-se detento – ocultação de prova, salvo erro!

          • Realmente é misturar alhos com bugalhos. E existe de facto um problema de escala. A responsabilidade e imputabilidade dos “trabalhos” de que se acusa os “seus” protegidos são de uma escala de magnitude várias vezes superior à dos “feitos” de que se acusa os “meus”. Quem são os “xuxas”, madraços e irresponsáveis afinal ? A vossa conversa parece a dos “vermelhos” em 1975. Vão acabar da mesma forma.
            PS – Prefiro falar consigo do que com o seu “alter-ego” !

    • Certamente que distingue melhor um hiato temporal se esse tiver sido passarelle calcorreada por determinada personagem!
      Então teremos o nome da personagem, o período temporal e os efeitos no tapete do cardado dos sapatos e no caso, os cardos no rasto… Não é o aeroporto de Beja carago, nem pppê’s… Deixou-nos cardos senhor ESTEBES. A tal personagem vai custar-nos mais 41 mil Milhões. Já estávamos falidos CARAGO!

  2. E são esqueletos a saltitantes como os das PPP’s que não nos largam… O que dirá A.Costa? É que aquelas emissões obrigacionistas já eram o canto cisne!!!

  3. António Costa já teve muita oportunidade para falar da corrupção em Portugal, desde logo no congresso quando foi eleito, no momento que aconteceu os casos com o zé.
    Nunca o fez…
    É que era bom que tomassem atitudes de forma a combater a corrupção a todos os níveis, desde o parlamento aos ministérios passando pelos municípios, enfim, ver se a mentalidade começa a ser outra, ao invés de subornos em troca de favores.

  4. Uma boa razão para votarmos no PS. Quem contraiu dívidas que as pague. Enfim, seria, mas Infelizmente, cai sempre no mexilhão.

  5. A herança deixada por Sócrates nunca foi totalmente avaliada.
    Para lá da Bancarrota com que brindou o país, criou quase 80% das PPPs que nos castigam com rentabilidades obscenas negociadas pelos “amigos” de Sócrates.
    Escondeu até 2011, os enormes passivos de Empresas Públicas e seus Swaps.
    Deixou aos contribuintes os encargos milionários (8MM€) pela incompetente nacionalização do BPN quando deveria ter aberto falência.
    Agora estes 54 mil milhões…
    Felizmente para ele tudo isto não é crime em democracia. Caso contrário teria pena máxima!

  6. Neste País ser-se político foi sempre tudo menos trabalhar em prol do interesse COMUM.
    Sou daqueles que pensam HOJE que os políticos não fazem falta. O que faz falta é EDUCAÇÃO, BOM SENSO e RESPEITO. Deixei de votar quando vi os políticos a fazerem leis para se autossustentarem no poder…
    Passei a ficar de consciência tranquila.

  7. Caso o senhor Costa venha a ser 1º ministro acabará por inverter as culpas dessa dívida como é da praxe do seu partido e em cima dessa acrescentará uma outra com a suas ideias de despesismo que apresenta.

  8. Sócrates custa tudo que está errado, lima. Oliveira. Loureiro. Costa. Salgado e o seu compadre tudo de bom deixaram, até muita obra feita!… Para eles é claro e talvez para quem aqui os defende.

    • Tentar que os peixes voltem a ouvir, é já de si uma tarefa que nem com fé já se acredita. Agora, numa rebuscada tentativa de dar-lhes alhos alternados com bugalhos, penso que nem ao diabo o tiraria dos seus eternos azeites!
      Repare, o ‘varandim’ de onde ‘discursa’, situa-se tão alto que as vogais no meio das consoantes tornam-se tão fechadas que soam mais a um emaranhado ruído distorcido da gama de frequências baixas cujo tipo se poderá traduzir por urros monocórdicos o que, convenhamos não é o espírito adequado às coisas ditas-escritas por aqui!. No caso, talvez se adeque mais “Antes de adormecer arruma o sótão e não jogue fora a chaves… Adormeça sabendo que tentou e amanhã pode voltar… A arrumá-lo! É um princípio higiénico!

  9. … E depois há por aqui uns “resistentes” a traulitar com “foles de saco” da marca “Global Financial Crisis 2007-2008″ como se até 2011 não nos tivessem ostensivamente, sem pejo (TGV, Travessias, 4 Barragens, PPPês,etc) feito reféns (Irlanda, Portugal e grécia) do “mundo credor” e continuadamente fixados no investimento público… É disso paradigma o investimento no Aeroporto de Beja agravado por suposta informação privilegiada que não teve ecos, ou então, os eventuais investidores ficaram-se por um encolher de ombros a quem lhes terá bufado aos ouvidos… Fora os terrenos de outro aeroporto ora em investigação!

  10. Para alguns dos presentes, a porcaria quando feita ou sancionada por elementos do PSD, cheira-lhes a perfume. Claro que a dos outros tresanda.
    Parecem os “vermelhos” em 75. A época deles também terminou.

    • Divagar na ausência de coisa concreta é “exercício” que não sei se quebraria o ar de gozo do diabo! Nas oportunidades optou recorrentemente pela omissão de conteúdo preferindo tons básicos ainda que datados(?). Depois fincou-se nos aromas e a coisa pia mais fino porque até aí não bastam dois orifícios para aferir fragrâncias, tal e qual como em política não bastam umbigos ou barrigas de empurrar, tão pouco ombros de arrebanhados! Pense!
      Nunca falei de A.Guterres, D.Barroso, F.Amaral, nem Santana Lopes, nem Cavaco, tão pouco de P.Coelho, e do PCP apenas referi que era “partido latifundiário de emparcelamento de hortinhas”… Mas tenho uma “estima antagónica” com o partido da “bicefalea persistente” das tias, estima especial por Sá Carneiro, António Barreto, J.Cravinho, ‘Meneres Pimentel’, Luís Amado… Outros mais críticos por saberem que “para as instituições a corrupção é coisa tumular, dos cemitérios” ou que é coisa dos 3 macacos “cegos, surdos e mudos”… O resto é cidadania no comentário sobre a acção de política governativa no contexto dos dois mandatos do socratismo e da governação sob memorando de entendimento a que fomos obrigados e se baseou, poderei dizer, no ajustamento imposto por credores… E até ao momento, para além da quebra do desemprego (e até essa variável) os indicadores macro-económicos têm suscitado reconhecimento internacional, e não é da Srª Merkle nem do socialista F.Hollande “vergado” à realidade pós eleições, aliás, como cá o social democrata P.Coelho “vergado” à realidade encontrada (incluindo a dos armários).

      • “Touché !” Não tive qualquer intenção de o ofender. Uso de facto expressões datadas e coloridas porque não posso escapar nem dos Cornos de Cronos, nem das cores que tingem algumas das minhas memórias. Também não gosto da corrupção, nem de corruptos. Nunca fui nem militante nem afiliado de coisa alguma (excepto do Sporting). Nunca fui beneficiário de qualquer favor ou subsídio. Não gosto de prepotências ou radicalismos. Considero-me patriota e não tenho cadastro. Quero acreditar que existem em Portugal muitos como eu. Poderia perfeitamente subscrever a sua lista de estimas. Acho que nem os Portugueses, nem os Gregos, nem nenhuns outros, devem ser responsabilizados nem chamados a pagar pelas asneiras de uns quantos “artistas”. É neste ponto que divergimos, penso eu.

        • Como se sabe “nem toda a gente é perfeita”… E o 1º milho invariavelmente é dado aos pardais sabendo que a fé num ‘salvador’ em bicos de pés poderá não reunir ‘apóstolos’ que o façam acreditar numa ‘fezada’ qualquer de volta ao adro em junho.
          O poder é delegado aos eleitos pelo voto. Os eleitos são ‘julgados’ em eleições. Os eleitos no uso dos poderes que lhes forem conferidos governam livremente e nesse âmbito assumem compromissos que internamente compromete a todos no país e se OBRIGAM o país externamente, então o povo é imputável, é o derradeiro responsável por actos de governação praticados por aqueles. Aqui somos diametral e inequivocamente opostos quanto a responsabilidade democrática.
          Enquanto o poder judicial é o garante da democracia e do estado de direito (códigos gerados pelo poder legislativo) no exercício da cidadania, ao povo compete sufragar com maior ou menor conhecimento – consciência – quem elege para governar! É aí que certas minorias de ‘consciência’ revolucionária de esquerda radical se põe de fora a abanar o rabo ‘contra o capital’ alegres e contentes ao lado de Varoufakis na certeza de que nunca serão capazes de perceber a Grécia tão pouco Tsypras!
          Seremos contra a guerra. Não a causaremos, mas sei que posso ser militar! Tenho o dever tal como muitos milhares de portugueses já o fizeram por 3 vezes desde aquele abril, de contribuir para libertar dos devaneios de quem nos obrigou internacionalmente – 2011 – por não nos restar outro recurso! E isso é consciência nacional.
          Nem todos somos perfeitos nem esse é meu frete… Sou do clube de S.Exª Dr. LOBO ANTUNES – Não é Meia Noite Quem Quer

    • Quem diria que a boca tende para a realidade? Antes de julgar o que quer que seja, exercite o adjectivo observando como cai em si! É que antes de ser patranhosa é suposto que soubesse o que é verdade, de veras(!) quanto à consciência de cidadania, e isso poderia vir a ser ascoroso se apurado em si mesma ou repugnante se avaliado por si própria!

  11. Utopias do Sec.XVIII? Não lhe foi feito chegar (!?!) “A guerra é a continuação da política por outros meios” – Carl Phillip Gottlieb von Clausewitz

  12. É conhecida universalmente, julgo eu. É também conhecida por ser algo redutora. Deixe-se de guerras, ainda se aleija nos treinos …

  13. Só para clarificar: Só escolhi este “nick” por oposição ou antonimía. Não gosto de praticantes de “Bullying” (julgo que é assim que se diz) e longe de mim tornar-me ou ser tomado por um deles. Muito menos quero dar “traulitadas” a quem quer que seja. Muito menos a quem me não fez mal algum, Valha-me Santo Ambrósio ! Na minha leitura, a “grande lição” de 75 foi dada pelo Povo Português nas eleições. Infelizmente foi ainda necessário lidar com alguns exaltados que pretendiam impôr as suas “verdades” ao arrepio das vias democráticas. De resto, que vivamos em Paz por muitos e bons anos !

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