No primeiro semestre de 2022, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) acumulou um saldo negativo de 400,8 milhões de euros, “uma deterioração de 200,6 milhões de euros” em comparação com o período homólogo de 2021, revelou na terça-feira a Direção-Geral do Orçamento (DGO).
Segundo a síntese da execução orçamental de junho, divulgada pela entidade e citada pelo Público, no período de seis meses a receita do SNS cresceu 3,5% e a despesa 6,9% – esta última resultante do aumento dos gastos ao nível dos fornecimentos e serviços externos (mais 12,9%) e ao nível do pessoal (mais 2,3%).
Relativamente aos fornecimentos e serviços externos, o aumento se deveu aos gastos com meios complementares de diagnóstico e terapêutica (mais 25,5%) – sobretudo relacionados com a realização de testes para diagnóstico da covid-19 – e aos produtos vendidos em farmácias (mais 19%).
A despesa do SNS durante a adoção de medidas no âmbito da pandemia ascendeu a 726,8 milhões de euros, com a maior fatia a se destinar à aquisição de vacinas (284,3 milhões) e a testes covid (229,3 milhões).
Já os gastos na contratação, horas extras e “outros abonos” para combater a pandemia totalizaram 151,3 milhões de euros nesse mesmo período. Foram ainda utilizados 55,3 milhões em equipamentos de proteção.