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Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa.
A SIC vai avançar para uma plataforma de streaming ainda em 2020. A “Netflix à portuguesa” ainda não tem nome, mas tem como objetivo “encontrar mais e novas audiências”.
Em entrevista ao jornal Público, o CEO da Impresa, Francisco Pedro Balsemão, admite “a intenção de construir e lançar novos canais“, de modo a que o grupo procure “outro tipo de públicos“. Para isso apostará no streaming, mas também na área dos e-sports, que acredita que em Portugal “ainda não foi explorada“.
Esta plataforma de streaming terá “conteúdos originais“, que serão produzidos internamente pela SIC, mas também com parceiros, avança o gestor. Para isto conta com o apoio da SP, com quem tem trabalhado de perto na ficção, mas admite querer contar com o apoio de outras produtoras independentes e ainda “reforçar competências internas na produção de formatos e guiões para a área da ficção para desenvolver esses formatos e podermos transmiti-los e vendê-los a terceiros“.
Sem o orçamento da gigante Netflix, que qualifica como astronómico, Balsemão quer afirmar-se na realidade local e acredita ter armas para isso. Os argumentos da SIC no streaming vão passar “pela relevância, pela qualidade e pela portugalidade“. A plataforma, a ser lançada em data a definir, terá conteúdos gratuitos e conteúdos pagos.
As concorrentes RTP e TVI já operam neste momento no mercado do streaming, embora o façam fundamentalmente com conteúdos gratuitos. A RTP Play, que lançou uma nova aplicação em 2020, tem investido crescentemente em produções originais e também na disponibilização gratuita de vários conteúdos transmitidos pelos vários canais do Grupo RTP.
