SIC dispensa taróloga que aconselhou vítima de violência a “mimar” o marido

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(cv) Youtube

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A taróloga que aconselhou uma vítima de violência doméstica a mimar mais o marido agressor foi entretanto dispensada da SIC.

Carla Duarte já não trabalha mais para a SIC, avança esta quinta-feira o jornal Público, que dá conta de que a estação de Carnaxide acabou de cessar a sua colaboração.

A taróloga viu-se envolvida num episódio bastante polémico há duas semanas, enquanto apresentava o programa “A Vida nas Cartas – O Dilema”, recomendando a uma alegada vítima de violência doméstica que tivesse paciência.

Uma senhora de 64 anos, identificada apenas como Maria da Glória, telefonou para o programa para saber informações sobre o seu estado de saúde, temendo sofrer de um tumor maligno, e para confirmar se o marido teria outra mulher.

Confessou que andava “muito nervosa” por causa do marido. “Há 40 anos que eu sofro de violação doméstica… Ele bate-me, ele faz-me tudo”, desabafou na altura a telespectadora.

“Você escolheu este homem e independentemente de tudo, por enquanto, é com ele que vai ficar”, respondeu a taróloga.

“Quando damos amor, recebemos amor, quando damos violência, recebemos violência; se você recebe violência, corte este ciclo e não dê violência, nem que seja por palavras, mime-o, por muito difícil que isso seja“, aconselhou.

A taróloga terminou a conversa recomendando à mulher que tratasse o marido “como se fosse a mãe”, para que a situação não piorasse.

O caso tomou conta das redes sociais, com muitos utilizadores indignados com a postura de Carla Duarte. Segundo o Público, cerca de 200 queixas chegaram à Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Logo depois deste episódio, a SIC emitiu um comunicado a esclarecer que não se revia “no comentário feito pela colaboradora do programa”.

No mesmo dia, a taróloga esteve num programa da tarde, no qual apresentou um pedido de desculpas e assume que não foi “suficientemente ágil na abordagem da questão”.

ZAP

9 Comments

  1. O mesmo devia acontecer a todos os tarólogos e astrólogos e afins. Só sabem é enganar as pessoas com as suas patranhas!
    Cambada de vigaristas!

  2. Uma “tarologa” na tv nacional portuguesa?!
    Parece que estamos no Brasil…
    A SIC devia ter vergonha do lixo televisivo que é a programação do seu canal generalista (assim como a SIC Mulher, SIC Caras, etc que só passam lixo estrangeiro sem qualquer qualidade/utilidade); quando chegam ao ponto de ter “bruxas” em directo no canal principal, não vale a pena dizer mais nada…
    Escapa o excelente SIC Noticias!!

    • São ordens do Bilderberg que o Balsemão cumpre à risca e aliás já o Salazar dizia “um povo culto é ingovernável” e há que manter o povinho em baixo nível com este tipo de programação novelas, pimbalhada no campo, bruxarias, masterchef, exploração infantil em que os fazem sonhar em serem grandes cantores cozinheiros etc, quintas da teresa guilherme e por aí fora e o curioso é que este formato de puro lixo de programas é comprado e pago ao estrangeiro.

      Já me esquecia tu que és esmifrado em impostos (se tiveres emprego) que tem a luz a água e o gás para pagar (ao preço de ouro) que compras comida e bebida também a peso de ouro, ou mesmo que sejas um desempregado liga o 760….. são só .60 + iva que nós cá nas TV enchemos bem a blusa à tua conta.

  3. Agora tornou-se moda fazer queixas à ERC por divergências de opinião.
    A ironia é que quem revela mais dificuldade em conviver com a liberdade de expressão costumam ser os esquerdistas que andam sempre com a “liberdade” e a “democracia” na boca…

  4. O mundo está perdido… É que esta demissão não resolve nada, só cria mais chatices. Quem bate continua à solta mas quem fez o seu trabalho é despedido. Continuem assim que vão longe…

  5. Penso que tem culpa não é a tarologa mas quem lhe encomendou o serviço sabendo que vendia parvoíces, neste caso a SIC. Há dois crimes: o de quem encomendou a impostora e lhe pagou por via das chamadas de valor acrescentado e o da própria impostura que sabia que estava a explorar a crendice popular locupeteando ilicitamente nesse ofício. É assunto de tribunais e são precisos juízes argutos e não mentecaptos.

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