Uma nova teoria da conspiração sugere que William Shakespeare, um dos maiores poetas de sempre, era afinal de contas uma mulher. O artigo foi publicado pela jornalista e crítica literária, Elizabeth Winkler.
A teoria pressuposta por Elizabeth Winkler, publicada este mês na The Atlantic, é bastante fundamentada e mostra que Winkler é uma conhecedora do trabalho e da vida de William Shakespeare — considerado por muitos como um dos maiores poetas de sempre.
Entra várias citações das obras literárias do poeta britânico, Winkler mostra-se espantada como é que Shakespeare consegue descrever tão detalhadamente o psicológico feminino, ao contrário dos outros escritores dessa época. Além disso, alega que algumas descrições de figuras masculinas são feitas através dos olhos de mães, esposas e amantes.
A sua opinião é corroborada por Tina Packer, diretora artística e fundadora da Shakespeare & Company. “Por que Shakespeare foi capaz de ver a posição da mulher, escrever inteiramente como se ele fosse uma mulher, de uma maneira que nenhum dos outros dramaturgos da época foram capazes?”, questiona-se Packer num livro sobre as personagens femininas das peças do poeta.
Há muitos anos que é questionado se Shakespeare realmente escreveu as peças que lhe são atribuídas. Ainda no ano passado, um software de plágio apanhou o artista a “roubar” textos para 11 das suas peças.
A certa altura da sua teoria, Winkler pergunta-se: “Já alguma vez alguém propôs que o criador destas mulheres extraordinárias pudesse ser uma mulher?”. A autora explica que é necessária uma teoria elaborada para explicar o porquê de as possibilidades masculinas terem adotado o nome de outra pessoa.
Contudo, diz que “há uma razão simples que explicaria a necessidade de um dramaturgo precisar de um pseudónimo na Inglaterra isabelina: ser uma mulher“. Nesse período, nenhuma mulher escrevia peças para teatro porque era contra as leis.
Na década de 1580, em que Shakespeare viveu, 80% das peças impressas foram escritas anonimamente e esse número só caiu para menos de metade a partir do ano 1600.
É realçada ainda uma escritura de 1593 de Gabriel Harvey, um conhecido crítico literário. Nesse texto, Harvey refere-se enigmaticamente a uma “excelente cavalheira“, que escreveu três sonetos e uma comédia. “Eu não ouso particularizar a sua descrição”, acrescentou.
Perante as evidências, Winkler questiona-se: “Quem era esta mulher a escrever ‘um trabalho imortal’ no mesmo ano em que o nome de Shakespeare apareceu pela primeira vez impresso, no poema ‘Vénus e Adónis’, uma paródia de contos sobre sedução masculina?”.
O artigo da teoria é extenso e prolonga-se com mais razões que levam Elizabeth Winkler a acreditar que Shakespeare era, na realidade, uma mulher. Em resposta, alguns críticos como David Marcus, defendem que Shakespeare não era nada mais que um génio.
“Shakespeare descreveu melhor as personagens femininas do que os seus contemporâneos porque ele descreveu melhor as personagens de todos os tipos. Mulheres, reis, soldados, judeus, mouros, fadas e uma série de outras personagens”, disse Marcus.
Na riqueza do pensamento criativo de Shakespeare há características que fazem supor tanto “ambidestrismo” como “homossexualidade”. A sua biografia (mais que comprovada – já visitei a casa-museu que foi sua residência) relata que foi casado e que teve (pelo menos) 1 filho! Não é possivel “inventar” no séc. XVII uma lenda de “papisa Joana” para quem teve uma existência tão real!
Sempre pensei que o homem era o Drácula
“Necessito de sangue em vez de lágrimas”.