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Sete saídas e mais mulheres. Pedro Sánchez anuncia novo Governo espanhol

partyofeuropeansocialists / Flickr

Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol

Pedro Sánchez anunciou, este sábado, a maior remodelação governamental desde que assumiu a chefia do Executivo.

O primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez, revelou este sábado a composição do seu novo Governo, que implica a saída de sete dos 23 membros do Executivo anterior e tem uma maior percentagem de mulheres.

Num discurso no Palácio de Moncloa, o governante sublinhou que a remodelação – a maior desde que chegou a Moncoa, com a saída de sete dos 23 membros do Executivo e uma mudança de pasta – representa uma mudança geracional (a idade média dos ministros reduz-se de 55 para 50 anos) e que a presença de mulheres passa de 54% para 63%.

“Numa altura em que restam 30 meses de legislatura, o Governo inicia uma nova etapa. Configura-se uma equipa centrada na recuperação económica justa, com mais juventude e maior proximidade”, anunciou, citado pelo Público.

“A recuperação será social, digital, verde e feminista. Alcançará todas as suas metas se houver espaço para um ambiente de concórdia territorial e diálogo social. Hoje começa o Governo da recuperação, para superar por completo a pior calamidade vivida pela humanidade em décadas”, acrescentou o governante.

O Executivo vai tomar posse na segunda-feira.

Na remodelação, que não afeta os ministros designados pelo Podemos no Governo de coligação, destaca-se a saída de Cármen Calvo, até agora número dois, e a do secretário de Organização do PSOE, José Luís Ábalos, ministro dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana.

Apesar de não fazer parte do Conselho de Ministros, é também substituído o chefe de gabinete do presidente do Governo Ivan Redondo. O cargo será ocupado por Óscar Lopez, até agora presidente da cadeia de hotéis Paradores.

Composição do novo Governo:

  • Presidente: Pedro Sánchez
  • Primeira vice-presidente: Nadia Calviño (mantém pasta dos Assuntos Económicos e Transformação Digital, sobe a número dois do Governo)
  • Segunda vice-presidente: Iolanda Díaz (sobe de terceira a segunda vice-presidente, mantém pasta do Trabalho e Economia Social)
  • Terceira vice-presidente: Teresa Ribera (mantém-se como ministra para a Transição Ecológica e Desafio Demográfico)
  • Ministro dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação: José Manuel Albares (até agora embaixador em Paris, substitui Arancha González Laya)
  • Ministra da Justiça: Pilar LLop (deixa a presidência do Senado, substitui Juan Carlos Campo)
  • Ministra da Defesa: Margarida Robles (mantém-se)
  • Ministra das Finanças e Função Pública: Maria Jesus Montero (mantém Finanças e deixa de ser porta-voz do Governo)
  • Ministro do Interior: Fernando Grande-Marlaska (mantém-se)
  • Ministra dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana: Raquel Sánchez Jiménez (presidente da Câmara de Gavá, substitui José Luis Abalos)
  • Ministra da Educação e Formação Profissional: Pilar Alegria (até agora delegada do Governo em Aragão, substitui Isabel Celaá)
  • Ministra da Indústria, Comércio e Turismo: Reyes Maroto (mantém-se)
  • Ministro da Agricultura, Pesca e Alimentação: Luis Planas (mantém-se)
  • Ministra da Saúde: Carolina Darias (mantém-se)
  • Ministra da Política Territorial e porta-voz do Governo: Isabel Rodriguez (até agora presidente da Câmara de Puertollano, substitui Miguel Iceta na pasta e Maria Jesus Montero como porta-voz)
  • Ministro da Cultura e Desporto: Miguel Iceta (substitui José Manuel Rodrigues Uribes e deixa a pasta da Política Territorial)
  • Ministra dos Direitos Sociais e Agenda 2030: Ione Belarra (Podemos)
  • Ministra da Ciência e Inovação: Diana Morant (presidente da Câmara de Gandía, substitui Pedro Duque)
  • Ministra da Igualdade: Irene Montero (Podemos)
  • Ministro do Consumo: Alberto Garzón (Podemos)
  • Ministro da Inclusão, Segurança Social e Migrações: José Luis Escrivá (mantém-se)
  • Ministro das Universidades: Manuel Castells (Podemos).

ZAP // Lusa

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