“Paz, pão, habitação, saúde, educação” e… Sérgio Godinho propõe um extra à sua ‘Liberdade’

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Sérgio Godinho

Músico assinala os 50 anos do famoso álbum À queima-roupa. E lembra que “liberdade” é a palavra mais presente nas suas canções.

Sérgio Godinho junta “Liberdade” e 25 (de Abril) para o seu concerto Liberdade25. Entre outros locais, vai actuar nos coliseus de Lisboa e do Porto na próxima semana.

“Nestes concertos haverá uma coisa nova. Uma coisa mais próxima da spoken word, com um ritmo mais…”, diz o músico, em entrevista ao Expresso, sem revelar mais.

Fica a garantia de voltar a canções antigas, mas com novas roupagens. Algo feito “com muito rigor, que requer muitos ensaios”.

E com convidados especiais em palco: A Garota Não e Canto Nono.

Entre tantas canções que já criou, há uma palavra que esteve praticamente sempre presente: liberdade.

“É uma palavra que tem muitos sentidos. A música Liberdade diz que esta tem de ser posta em prática, mas também vivida quotidianamente. É a palavra que atravessa mais as minhas canções, se não enquanto palavra, pelo menos como ideia”.

Sérgio Godinho falava sobre o famoso refrão “paz, pão, habitação, saúde e educação”. Mas agora “temos que acrescentar a justiça. Ela tem tropeçado nela própria e derrubado governos. Temos que a cuidar melhor”, apelou.

A justiça anda a “passo de caracol” em Portugal, lamenta. “Todas essas coisas têm que ser preenchidas com conteúdos, caso contrário são palavras ocas”, acrescenta, sobre o refrão.

O cantautor acredita que “estaremos sempre numa democracia imperfeita, há muito para melhorar”.

Em relação às suas criações, nos últimos tempos tem preferido uma escrita “mais narrativa, voltada para personagens, para vidas”.

Prefere a ficção narrativa: “Essa vontade de narrar histórias, que podem ser mais ou menos ficcionadas, mas que se inspiram na vida das pessoas, é uma constante das minhas canções. Por isso, na minha cabeça, uma canção como a Etelvina é tão valorizada como a Liberdade. Outras desactualizaram-se, como Os Pontos nos Iis… Já não estamos na reforma agrária, não é?”, pergunta, entre sorrisos.

ZAP //

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1 Comment

  1. É pena que Sérgio Godinho não se tenha lembrado da sua canção enquanto o governo xuxalista destruía o SNS, a Educação e a habitação

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