Sem alternativa, Governo aprova alterações ao diploma dos professores

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João Relvas / Lusa

O Governo aprovou as alterações ao decreto sobre a progressão da carreira dos professores, na sequência da devolução sem promulgação, por Marcelo Rebelo de Sousa, esta quarta-feira.

O Conselho de Ministros foi rápido a aprovar as alterações ao diploma do Governo sobre a progressão da carreira dos professores.

No dia de ontem, o Presidente da República tinha vetado o diploma do Governo a esse respeito.

Hoje, após uma reunião do Concelho de Ministros, foi “reapreciado”, como adiantou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

“O Conselho de Ministros reapreciou o decreto-lei que tinha aprovado, e que estabelece os termos de implementação dos mecanismos de aceleração e de progressão na carreira dos educadores de infância e dos professores do ensino básico e secundário, a aprovou o diploma com alterações”, disse a governante.

Segundo a governante, o diploma seguirá agora novamente para o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa, justificou ontem a devolução do texto sem promulgação “apontando a frustração da esperança dos professores ao encerrar definitivamente o processo”, argumentando “uma disparidade de tratamento entre o Continente e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira”.

Num texto com oito pontos, Marcelo Rebelo de Sousa discordou do argumento central que tem sido apontado pelo Governo para não devolver de forma integral o tempo de serviço dos professores: “Não há nem pode haver comparação entre o estatuto dos professores, tal como o dos profissionais de saúde, e o de outras carreiras, mesmo especiais”.

Governar é escolher prioridades. E, se quisermos ir muito mais longe como sociedade desenvolvida e justa, saúde e educação são e deveriam ser prioridades”, defendeu.

ZAP //

5 Comments

  1. Só espero que o hiperativo de Belém não tenha criado dois pesos e duas medidas. Os restantes trabalhadores da função pública têm os mesmos direitos que os professores.

  2. E os trabalhadores do privado a sustentar isto tudo… Os funcionários públicos já só trabalham 35 horas por semana enquanto que os do privado trabalham 40. Os do privado só têm incerteza. Os do público têm emprego para a vida. Isto tudo é de um país da treta. Uma república das bananas.

  3. Os outros funcionários do estado receberam o tempo de serviço congelado integralmente e estão agora a acelerar com medidas excepcionais, mas insuficientes, bem sei.
    Se queremos futuro, investimos no ensino de qualidade, saúde e justiça!

  4. Cara Manuela, tens que vir para a rua lutar como os outros e não teres o velho sentimento pequenino Português, INVEIJA.

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