Contas feitas tendo em conta o desaire da Itália na qualificação para o Mundial 2018. Última contabilidade foi realizada ainda em escudos.
Há muitos anos que o futebol deixou de ser um sector em que só se olha para os resultados no relvado. Os resultados financeiros são a prioridade em muitos casos.
Basta falar sobre a Liga dos Campeões (isto em dia de jogo dos quartos-de-final entre Benfica e Liverpool).
Muitas vezes o maior torneio de clubes da Europa não é classificado como Liga dos Campeões – é a “liga milionária”. E, na mesma prova, muitas vezes nem se olha para o privilégio de se estar entre os melhores clubes da Europa – olha-se primeiro para os milhões de euros que um clube recebe, por cada etapa ultrapassada.
Deixando os clubes de lado, olhemos para as selecções. Há uma semana Portugal conseguiu a qualificação para a fase final do Mundial 2022, depois de vencer a Macedónia do Norte por 2-0.
Além de estar num torneio onde só estarão 32 selecções do planeta, evitou-se um prejuízo financeiro significativo para a Federação Portuguesa de Futebol.
O Dinheiro Vivo indica que a presença no Qatar impediu perdas de aproximadamente 100 milhões de euros, entre bónus dos patrocinadores, prémios de participação e de jogos e direitos televisivos.
As contas foram feitas tendo em conta as perdas para a federação italiana há quatro anos, quando a selecção de Itália não conseguiu qualificar-se para a fase final do Mundial 2018 (e também falhou desta vez).
Itália teve cenário oposto, em 2006: nesse ano a selecção italiana foi campeã mundial e o Produto Interno Bruto subiu 1%.
Em Portugal, para analisar financeiramente um falhanço na qualificação para um Mundial, é preciso fazer contas em escudos; 1997 foi o último ano em que a selecção portuguesa não conseguiu apurar-se para o Mundial do ano seguinte.
Quem vencer o Mundial 2022 vai receber cerca de 45 milhões de euros.