Pelo menos seis pessoas que escoltaram Roger Stone, amigo de longa data de Donald Trump, entraram no Capitólio durante o ataque de 6 de janeiro.
De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, um grupo de seis homens escoltou Roger Stone, amigo de longa data de Donald Trump, no dia do ataque ou no dia anterior. Os homens estão associados aos Oath Keepers, uma milícia antigovernamental de extrema direita que é conhecida por fornecer segurança para personalidades de direita e manifestantes em eventos públicos.
O mesmo jornal vasculhou centenas de vídeos e fotografias e recorreu a pesquisas de um grupo de monitorização online chamado Capitol Terrorists Exposers para rastrear a equipa de segurança que escoltou Stone em 5 e 6 de janeiro.
Em 5 de janeiro, um dia antes do ataque ao Capitólio, Stone faz duas aparições públicas em Washington em apoio às alegações infundadas de fraude eleitoral de Trump. Na tarde de 5 de janeiro, após um discurso no Supremo Tribunal dos Estados Unidos, Stone é conduzido por um dos seis Oath Keepers, enquanto os outros homens do grupo mantêm a multidão afastada.
Naquela noite, Stone falou noutro comício perto da Casa Branca, no qual proclamou que “venceremos esta luta ou a América entrará em mil anos de escuridão”.
Vários dos Oath Keepers continuam a fornecer segurança neste evento.
Na manhã de 6 de janeiro, Stone é visto do lado de fora do hotel Willard InterContinental, a um quarteirão da Casa Branca.
Esta é a última vez que Stone é visto naquele dia em qualquer uma das filmagens analisadas pelo The New York Times. O amigo de Trump continuou a promover discursos e comícios online que faria perto do Capitólio naquela tarde. Porém, nunca apareceu.
Perto de uma das entradas do Capitol, alguns membros da equipa de segurança provocam a polícia, que está a tentar proteger o prédio. Os vídeos mostram todos os seis guardas de segurança dentro do edifício do Capitólio durante o ataque. Alguns encontram-se com outros Oath Keepers, incluindo dois que foram acusados de conspiração. Outros são vistos nos corredores.
Em 10 de fevereiro, Stone postou uma declaração, dizendo que “não viu nenhuma evidência de atividade ilegal por parte de qualquer membro” dos Oath Keepers, e que se houvesse prova, “deveriam ser processados”.
Em julho passado, Donald Trump comutou a pena de 40 meses de prisão de Roger Stone. O ex-conselheiro foi condenado por ter mentido ao Congresso e manipulado testemunhas na investigação sobre a interferência russa na campanha presidencial de 2016.
O antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi absolvido este sábado da acusação de “incitamento à insurreição” no julgamento de impeachment de que foi alvo após o ataque ao Capitólio no passado dia 6 de janeiro.