Secretário-geral do PSD prevê “grande resultado” nacional nas autárquicas

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PSD / Flickr

José Silvano, secretário-geral do PSD

O secretário-geral e coordenador autárquico do PSD disse antecipar que o partido terá “um grande resultado no país” e manifestou-se convicto da vitória em Portalegre, com a candidata Fermelinda Carvalho.

No jantar de encerramento do primeiro dia das jornadas parlamentares do PSD, que decorrem até terça-feira, José Silvano fez questão de sublinhar que, dos 308 municípios, 300 foram escolhidos com consenso.

“Quando se fala que o PSD teve muitos problemas na escolha de candidatos eu, ou já não sei matemática, mas em 308 ter oito onde tive chatices, dá 2,5%. Parece que têm mais publicidade que os 97,5% onde houve consenso”, referiu.

O coordenador autárquico do PSD deixou uma perspetiva otimista para as eleições que se realizarão entre setembro e outubro.

“Vamos ter um bom resultado autárquico no país, sem grandes foguetórios, – nunca fui de muitos foguetes, porque nunca sei onde caem as canas – acho que vamos ter um grande resultado no país”, afirmou.

Já em Portalegre, Silvano disse estar certo da vitória da candidata do PSD/CDS-PP, dizendo basear-se “não só na qualidade da candidata, mas em dados objetivos”.

“Esta capital de distrito desta vez vai ser do PSD, porque ela vai ganhar a câmara de Portalegre”, vaticinou.

A candidata do PSD/CDS-PP Fermelinda Carvalho, que está a cumprir o terceiro e último mandato como presidente da Câmara Municipal de Arronches (Portalegre), sempre eleita pelo PSD, é também presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre, desde 2014.

A defesa do mundo rural foi uma das preocupações transmitidas pela candidata no seu breve discurso perante os deputados do PSD, a quem pediu que não deixem que “dois ou três deputados causem danos irreparáveis” neste setor, numa aparente referência ao PAN.

“Transmitem falsidades, estou convicta que não há maior ambientalista do que o agricultor, é o agricultor que cultiva a terra, alimenta espécies selvagens, não é o ambientalista de apartamento”, afirmou.

A candidata salientou que o PPD/PSD teve, no seu nascimento, uma “grande implantação no interior”.

“Na minha opinião, o nosso partido ao longo dos tempos tem-se focado mais noutro eleitorado, descurando o seu eleitorado tradicional, tem tido dificuldades em defender as nossas tradições e a forma de viver do nosso mundo rural, que não é ignorante, não é retrógrado, não é insensível”, disse, apelando a que regresse a esse foco.

Nas primeiras jornadas parlamentares do PSD fora da Assembleia da República desde março de 2019 e ainda com condicionantes devido à Covid-19, o jantar decorreu com jornalistas e funcionários numa sala e deputados e candidatos do distrito noutra. Na segunda sala, estavam cerca de cem pessoas, a maioria sem máscara na altura dos discursos, que ainda coincidiram com o momento dos cafés de final de refeição.

A Câmara Municipal de Portalegre é atualmente liderada por Adelaide Teixeira, eleita pelo movimento Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), que ainda não anunciou se é ou não recandidata.

O executivo municipal é constituído por três eleitos do CLIP, dois do PS, um da CDU e outro do PSD.

Além da cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP, a corrida eleitoral à Câmara de Portalegre tem três candidatos anunciados: Luís Moreira Testa (PS), Hugo Capote (CDU) e Luís Lupi (Chega).As eleições autárquicas ainda não têm data marcada, mas, segundo a lei, ocorrem entre setembro e outubro.

// Lusa

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