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Seca trouxe à luz templo perdido na Tailândia

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A seca extrema que praticamente assolou a maioria dos reservatórios da Tailândia trouxe à luz um templo há muito perdido, conta a agência Reuters. 

O templo budista de Wat Nong Bua Ya, no centro do país sul-asiático, perdeu-se, tal como a aldeia onde se encontrava, após a construção da barragem Lopburi, há 20 anos, que deixou a área totalmente submersa.

Duas décadas depois, turistas e antigos habitantes voltam ao local agora árido para ver o que restou do lugar sagrado. Entre os visitantes, há também monges que decoram o que restou da grande estátua sem cabeça de Buda com flores.

“Quando era jovem, vinha cá sempre para encontrar amigos nas esculturas de elefantes em frente ao prédio principal e para brincar lá”, disse Yotin Lopnikorn, que passou a sua infância na zona, em declarações à agência Reuters.

Já Somchai Ornchawiang, uma professora reforma de 67 anos, recorda que o templo era coberto por água. “Na época das chuvas, não se vê nada”.

No passado, o templo budista foi o centro das comunidades das aldeias vizinhas, onde os moradores locais participavam em rituais e festividades. Já em 2015, a seca trouxe os restos deste lugar à luz, mas o fenómeno deste ano é excecional, de acordo com o Departamento Meteorológico da Tailândia, citado pelo Live Science.

O reservatório que anteriormente submergiu o templo está quase seco: tem apenas 3% da sua capacidade, frisa ainda a agência noticiosa.

A barragem tem uma capacidade de 960 milhões de metros cúbicos e servia para regar mais de 526 mil hectares de terras agrícolas na região. Agora, a seca faz com que só se consigam regar cerca de 1214 hectares de terra.

O período de seca estende-se a outras regiões do país, havendo reservatórios com apenas 20 a 40% da sua capacidade. O rio Mekong, localizado a leste do país e estendendo-se longo da fronteira com o Laos, está no seu nível mais baixo em quase 100 anos.

A seca, recorde-se, está a assolar o país na época de monções, a estação mais chuvosa no sudeste da Ásia. O clima, consequentemente, está a afetar os produtores de arroz, que dependem dos reservatórios de água para inundar os arrozais.

No início deste ano, a Comissão Económica e Social das Nações Unidas da Ásia e do Pacífico divulgou um relatório no qual alertava para os risco da seca “É provável que a área afetada pela seca mude e se expanda (…) Haverá muito mais anos secos pela frente”.

ZAP //

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