Yoan Valat / EPA
O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, preside à Superliga Europeia.
Prejuízo do Barcelona é maior do que os outros 19 clubes juntos, na primeira divisão espanhola.
Esta quarta-feira foi dia de ser publicada a lista que indica quais serão os limites que cada clube espanhol (do futebol profissional) terá que respeitar, no que diz respeito ao pagamento de salários ao longo desta temporada.
Obviamente a maior expectativa era ver as contas do Barcelona, clube que atravessa um período muito complicado nas suas finanças – que podem ter originado a saída de Lionel Messi para o Paris Saint-Germain.
José Guerra, director-geral da LaLiga, não concorda: “Havia soluções para Messi ficar. Foi o clube que decidiu que os recursos disponíveis teriam outro destino. Acho que não foi apenas uma questão financeira“.
Durante esta conferência de imprensa, Guerra deixou avisos ao clube catalão: “O Barcelona expõe-se às sanções económicas. E, se continuar a exceder-se, isso vai ter influência na próxima temporada”.
De facto, os números do Barcelona são, de longe, os mais preocupantes: prejuízo de 487 milhões de euros, enquanto os outros 19 clubes da primeira divisão espanhola, juntos, tiveram um prejuízo de 337 milhões de euros.
O Real Madrid mereceu elogios: “Fez uma excelente gestão económica durante a pandemia. Não apresenta prejuízos e não há qualquer segredo: todos vimos as cessões, os jogadores, as reduções de despesas”.
Assim, e voltando aos limites salariais, o Real é a equipa que pode gastar mais nesta época: 739 milhões de euros. Seguem-se Sevilha (200 milhões) e o campeão Atlético de Madrid, que poderá atingir quase 172 milhões de euros.
Depois estão Villarreal, Real Sociedad e Atlético de Bilbau. O Barcelona aparece somente no sétimo lugar, com um limite de praticamente 98 milhões de euros.
Ou seja, a diferença entre os dois grandes rivais é muito grande: na época 2021/22 o Real Madrid vai poder gastar sete vezes mais (até um pouco acima disso) do que o Barcelona, em salários.
O limite imposto ao Barcelona (98 milhões) corresponde praticamente a 25% do que os catalães poderiam gastar em salários na época passada: 383 milhões de euros.
O clube da primeira divisão espanhola que pode gastar menos dinheiro em salários é o Valência (31 milhões de euros), onde jogam três portugueses: Gonçalo Guedes, Thierry Correia e Hélder Costa.
