Muito mais do que em São Bento. São mais de 10 mil euros em valores brutos e há uma comparação com um juiz.
As eleições europeias, no dia 9 de Junho, vão voltar a colocar 21 portugueses no Parlamento Europeu. Provavelmente, 20 deles serão novos, comparando com o mandato actual.
Esses 20 eurodeputados vão receber (muito) mais do que receberiam na Assembleia da República Portuguesa – e há vários que estão, ou estiveram em São Bento: Marta Temido, Ana Catarina Mendes, Francisco Assis, João Cotrim Figueiredo, Catarina Martins ou João Oliveira.
O portal ECO lembra que um eurodeputado tem um salário base mensal de 10.075,18 euros brutos. Valor líquido, após contribuições: 7.853,89 euros.
Mas ainda há mais valores: 4.950 euros para despesas no país em que são eleitos – os custos de gestão do gabinete do deputado (aluguer de escritórios, equipamento informático e software, material de escritório, telemóveis, assinaturas de serviços móveis e assinaturas de Internet, etc.). É para assegurar a independência do eurodeputado.
Também há reembolso do que pagam para participar nas reuniões do Parlamento Europeu em Bruxelas e em Estrasburgo.
Há igualmente um subsídio fixo de estadia de 350 euros por dia; paga o alojamento, as refeições e as despesas do eurodeputado durante os períodos de actividades parlamentares.
Cada eurodeputado tem direito ao reembolso de dois terços das suas despesas de saúde e, até no fim de mandato, há subsídio de reintegração, equivalente a um mês de vencimento por ano em funções, num máximo de dois anos.
Uma curiosidade: o salário de um eurodeputado tem sempre uma referência – o salário de um juiz de Tribunal de Justiça da União Europeia. Um eurodeputado recebe 38,5% do juiz.
Na Assembleia da República portuguesa, um deputado recebe um salário mensal ilíquido 3.892,14 euros; com despesas de representação pode aproximar-se dos 5 mil euros. Fica bem longe do valor na Europa.