A Ryanair e uma empresa dona de três aeroportos britânicos, a MAG, vão fazer queixa nos tribunais contra o sistema de “luzes” nas viagens.
Esta quarta-feira à noite, a Ryanair e a maior operadora aeroportuária do Reino Unido, a MAG, anunciaram que vão avançar com uma queixa em tribunal contra o Governo britânico por causa do sistema de “luzes” que autoriza ou limita as viagens para fora do país.
Segundo o Observador, ambas as empresas consideram que o sistema não é gerido de forma transparente e que penaliza a confiança dos consumidores. O processo vai dar entrada esta quinta-feira, 17 de junho, no tribunal.
Matt Hancock, ministro da Saúde britânico, e Grant Shapps, ministro dos transportes, são dois dos alvos desta queixa. As empresas entendem que o Governo não tem gerido de forma clara o seu sistema de classificação. O sistema de semáforo foi implementado em abril e prevê que os países sejam colocados numa das três categorias: vermelha, âmbar ou verde, consoante os riscos associados à covid-19.
“Esta política de pára-arranca está a causar danos inimagináveis ao setor da aviação e a perturbar as vidas de milhões de britânicos que veem os seus planos de férias prejudicados pela má gestão que o Governo tem feito desta matéria”, acusou Michael O’Leary, presidente do grupo Ryanair, citado pelo The Guardian.
O Executivo de Boris Johnson recusou comentar as questões judiciais em curso, mas reconheceu que a pandemia está a provocar “tempos difíceis para a aviação”.
O diário online refere que o caso de Portugal, que voltou a ser colocado na “lista vermelha”, é o principal caso analisado na queixa. Os viajantes que cheguem de Portugal estão sujeitos ao cumprimento de quarentena à chegada ao Reino Unido e à realização de testes, numa decisão muito criticada pelo Governo português e pelas companhias aéreas.