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Ryanair sob fogo: agências de viagens denunciam abusos (especialmente no Porto e Faro)

ANAV apresentou queixa formal por diversas razões, entre as quais dificuldades no acesso a reembolsos, falta de apoio a passageiros com deficiência e cobrança de “valores-extra” a adultos que viajam com crianças.

A Associação Nacional de Agências de Viagens (ANAV) apresentou uma queixa formal à Autoridade da Concorrência (AdC) contra a companhia aérea low-cost Ryanair, alegando diversas práticas consideradas lesivas, não só para as agências de viagens, mas também para os consumidores.

Entre as acusações, a ANAV enumera “práticas de discriminação, abuso de posição dominante, potencial violação do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGDP), falta de apoio a pessoas portadoras de deficiência, entre outras, por parte da companhia aérea irlandesa”

De acordo com a associação, estas práticas têm vindo a prejudicar passageiros em todo o território português, com especial incidência nos aeroportos do Porto e de Faro, onde a Ryanair “tem um domínio evidente em relação à maioria das rotas”.

Reembolsos dificultados e “valores-extra”

A associação destaca ainda “extrema dificuldade” no acesso a reembolsos para clientes, devido à falta de atendimento personalizado, a exigência de leitura facial para verificação de identidade, e ainda denuncia apoio “praticamente inexistente” a passageiros com deficiência, que apenas é prestado “apenas mediante pagamento” adicional.

Outro ponto abordado na queixa refere-se às políticas de bagagem da companhia aérea. A ANAV critica a cobrança de taxas para a bagagem de mão, “mesmo que os passageiros sejam obrigados a viajar com elas por fazerem parte de um acessório de viagem”.

Além disso, denuncia a cobrança de “valores-extra” a adultos que viajam com crianças, o que considera “uma evidente discriminação”.

A associação acusa ainda a Ryanair de discriminar as agências de viagens ao dificultar ou impossibilitar a marcação de reservas através destes intermediários.

Segundo o jornal Expresso, a ANAV tentou por várias vezes contactar a Ryanair para que estas questões pudessem ser resolvidas, mas sem sucesso.

ZAP //

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