Proposta pelo CDS e aprovada por unanimidade em reunião de câmara a 1 de julho de 2021, a auditoria externa ao caso Russiagate só deverá avançar agora.
Segundo o Público, só agora é que a autarquia de Lisboa assinou um despacho a pedir que se avance com “carácter de urgência” com a contratação da auditoria externa.
A informação foi confirmada pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, que assinou este despacho em março, depois de ter sido concluída a auditoria interna. O município diz estarem a ser tomadas “todas as diligências conducentes à contratação da referida auditoria externa”.
O objetivo é “aferir o cumprimento da legislação europeia e nacional relativa à proteção de dados pessoais”, no caso em que foram enviados à embaixada russa dados pessoais sobre manifestantes contra o regime de Vladimir Putin, por alegado erro.
Cerca de duas semanas após a divulgação do caso, foram apresentados dados preliminares de uma auditoria interna, promovida pelo próprio município, que concluiu pela partilha de dados pessoais a embaixadas em, pelo menos, 52 manifestações.
Na altura, o CDS avançou com uma proposta para que fosse realizada uma auditoria externa, que mereceu o consenso de todas as forças políticas do executivo camarário, incluindo vereadores do PS. Foi votada a 1 de julho, numa reunião de câmara privada, e aprovada por unanimidade.
A proposta previa que os resultados fossem apresentados em três meses, mas a versão final contemplou a extensão do prazo por mais três meses, o que empurraria a apresentação dos resultados já para depois das eleições.