Todo o território da Ucrânia está sob alerta aéreo, depois de a Rússia ter lançado uma série de ataques a várias cidades, incluindo a capital Kiev, Kharkiv (nordeste), Lviv (oeste) e Odessa (sul). Volodymyr Zelenskyy diz que foi um dos maiores ataques do ano. Pelo menos, 15 pessoas morreram.
A Rússia lançou, entre quinta-feira e sexta-feira, cerca de 110 mísseis e drones contra alvos ucranianos, num dos maiores ataques do ano, denunciou o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy.
Os ataques causaram, até ver, pelo menos 15 mortos e dezenas de feridos, uma contagem que deverá piorar à medida que prosseguirem as operações de socorro, anunciaram as autoridades ucranianas.
Um número desconhecido de pessoas ficaram soterradas sob escombros de edifícios atingidos durante os ataques, apesar de as autoridades ucranianas terem dito que a defesa aérea abateu a maior parte dos mísseis e drones.
As forças russas utilizaram uma grande variedade de armas, incluindo mísseis balísticos e de cruzeiro, disse Zelenskyy, citado pela agência norte-americana AP.
O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yurii Ihnat, disse que a Rússia “aparentemente lançou tudo o que tinha” contra alvos em toda a Ucrânia.
O ataque de cerca de 18 horas, que começou na quinta-feira e continuou durante a noite, atingiu seis cidades, incluindo a capital Kiev, e outras áreas do leste ao oeste da Ucrânia, segundo as autoridades.
Alerta em todo o país
O alerta aéreo em todo o território, na sequência dos ataques russos, foi ativado em toda a Ucrânia por volta das 07h00 (05h00 em Lisboa).
Em Kiev, ouviram-se várias explosões, e o presidente da câmara pediu à população que procurasse abrigos. Ainda assim, Vitali Klitschko garantiu que a “defesa antiaérea está a funcionar ativamente”.
Três pessoas ficaram feridas num ataque a Konotop, na região de Soumy, no nordeste da Ucrânia, onde um bloco de apartamentos foi atingido, de acordo com a administração militar local. Três drones iranianos Shahed foram destruídos no local, acrescentou o exército.
A cidade de Kharkiv foi atingida por pelo menos dez ataques em duas vagas, que até agora não causaram vítimas, garantiu o chefe da administração militar local, Oleg Synegubov.
O presidente da câmara de Kharkiv, Igor Terekhov, afirmou que os ataques tinham sido efetuados por mísseis S-300 e X-22 e interrompido o fornecimento de eletricidade e a circulação de transportes públicos.
Um hospital no distrito de Kyivskyi foi danificado, disse a polícia local.
Em Odessa, um edifício foi danificado por um ataque durante a madrugada, mas o incêndio resultante foi rapidamente controlado, disse o presidente da câmara, Gennady Trukhanov.
Em Lviv, uma cidade mais raramente visada por se situar no extremo oeste da Ucrânia, o autarca Andriy Sadovyi falou de “dois ataques” num total de “dez [drones] Shaheds” e referiu ainda “um incêndio numa instalação crucial”, sem dar pormenores.
As autoridades ucranianas registaram igualmente explosões na região de Dnipro.
De acordo com o exército, os ataques incluíram o lançamento de “mísseis guiados” por parte de bombardeiros russos Tu95MS.
Na quinta-feira, ataques russos mataram três pessoas e feriram nove num ataque de artilharia russa a duas aldeias nas margens do Dnieper, rio que separa os exércitos russo e ucraniano na região de Zaporijia, no sul da Ucrânia, de acordo com as autoridades locais. O governador da aldeia de Bilenke, Iuri Malachko, precisou que todas as vítimas eram civis.
Uma mulher sexagenária morreu devido aos ferimentos após um bombardeamento em Vovchansk, muito perto da fronteira com a Rússia, e outras duas mulheres ficaram feridas, disse a mesma fonte.
Três mulheres, com idades entre os 58 e os 76 anos, também ficaram feridas num ataque aéreo na vila de Glushkivka, disseram as autoridades.
Ucrânia pede ajuda
De acordo com o chefe de gabinete do Presidente ucraniano, esta nova vaga de ataques mostra que a Ucrânia precisa de “mais ajuda” da comunidade internacional: “Os mísseis estão de novo a sobrevoar as nossas cidades e os civis estão a ser visados”, denunciou Andriy Yermak na plataforma Telegram.
“Estamos a fazer tudo o que podemos para reforçar o nosso escudo aéreo. Mas o mundo tem de ver que precisamos de mais ajuda e recursos para acabar com este terror“, escreveu Yermak.
Na quarta-feira, os Estados Unidos da América atribuíram à Ucrânia um pacto de ajuda militar no valor de 250 milhões de dólares (cerca de 225 milhões de euros), incluindo munições e sistemas de defesa aérea para responder aos ataques russos.
Esta nova ajuda é a última parcela disponível enquanto não houver uma nova votação no Congresso norte-americano, onde uma minoria dentro do Partido Republicano se recusa a atribuir mais dinheiro.
Estes ataques surgem depois de um míssil Storm Shadow lançado pela aviação ucraniana ter conseguido, na terça-feira, causar o naufrágio do navio de desembarque russo “Novocherkassk” na Crimeia.
ZAP // Lusa
Afundaram um navio russo, estavam a espera de flores?
Putin invade um país vizinho que antecipadamente desarmou e ainda há quem bata palmas…enfim!!!
iluminado,
Quem começou esta guerra?
Trata-te
Iluminado,
Metes nojo, quem começou esta guerra?
Vai para a russia, lá é que estas bem
O senhor Secretário Geral da ONU, sobre isto já não tem comentários a fazer, como faz em relação à guerra entre Israel e o Hamas?
Se todos nos fossemos como o Secretário Geral da ONU, este mundo era bem melhor.
Bananas e capachos?