O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, denunciou a situação na cidade de Izium, no Leste da Ucrânia, onde as forças ucranianas encontraram centenas de corpos em valas comuns.
Os cadáveres de centenas de pessoas começaram a ser lentamente retirados de um pinhal próximo de Izium onde as autoridades ucranianas encontraram uma imensidão de cruzes espetadas na terra.
Trabalhadores com fatos azuis e brancos, pás e capacetes passaram todo o dia de sexta-feira a exumar os corpos um a um e a guardá-los em sacos de plástico para serem examinados.
A polícia disse ter identificado à volta de 450 sepulturas numeradas, que se julgam serem na maioria individuais, e pelo menos uma vala comum que continha a inscrição “Exército ucraniano, 17 pessoas. Morgue de Izium”. O assessor da Presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak, avançou a mesma informação.
450 graves… Only one of the mass graves discovered near Izyum. For months a rampant terror, violence, torture and mass murders were in the occupied territories. Anyone else wants to “freeze the war” instead of sending tanks? We have no right to leave people alone with the Evil. pic.twitter.com/YxGyOZfm1Y
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) September 16, 2022
“Na região de Kharkiv, estão em curso ações de investigação nas áreas que foram libertadas da ocupação russa. Todos os crimes dos apoiantes da Rússia estão a ser registados, as provas da sua culpa estão a ser reunidas”, afirmou o líder ucraniano, no seu discurso na sexta-feira à noite.
Zelenskyy destacou ainda que “câmaras de tortura, nas quais foram abusados habitantes pacíficos de cidades e vilas ocupadas, e instalações em que pessoas foram mantidas [reféns] – até mesmo estrangeiros – foram encontradas”.
“O mundo deve reagir a tudo isto. A Rússia repetiu em Izium o que fez em Bucha”, disse, acrescentando que “agora começamos a conhecer toda a verdade sobre o que estava a acontecer nesta parte da região de Kharkiv”.
O Presidente ucraniano sublinhou a importância de a Organização das Nações Unidas (ONU) estar a preparar uma visita de um grupo de especialistas ao local, que poderá testemunhar e reportar “o que os terroristas russos fizeram”.
No Telegram, Zelenskyy já tinha dito: “a Rússia provoca apenas morte e sofrimento. Assassinos. Torturadores. Privados de tudo o que é humano”.
Wagner recruta reclusos para combater na Ucrânia
Yevgney Prigozhin, fundador do grupo Wagner, uma rede de mercenários com ligações a Vladimir Putin, foi filmado numa prisão a tentar recrutar reclusos para lutar na guerra na Ucrânia. “Ninguém volta a ficar atrás das grades”, prometeu.
“Se servirem seis meses, estão livres”, explicou, indicando que só seriam considerados homens entre os 22 e os 50 anos de idade. “Se chegarem à Ucrânia e decidirem, no primeiro dia, ‘estou num sítio onde não quero estar’, são designados desertores e segue-se uma execução pelo pelotão de fuzilamento”, referiu.
O vídeo, que começou a circular esta semana no Telegram, confirma os relatos sobre visitas do grupo a prisões em várias regiões russas para recrutar reclusos.
#PutinWarCriminal gave command to recruit mercenaries among prisoners
In this Video recruitment is personally handled by #Prigozhin, person close to #Putin, head of #WagnerGroup in Russian prison
This video is, in fact, a testimony that Russian state is breaking up. #WarCrimes pic.twitter.com/YnRht4oyYr— Ukraine News 🇺🇦 (@Ukrainene) September 15, 2022
“Temos muito cuidado com aqueles [reclusos] condenados por crimes sexuais”, disse Prigozhin, acrescentando: “mas percebemos que os erros acontecem.”
O grupo Wagner é acusado há anos de crimes de guerra em África, na Síria e na Ucrânia. Recentemente, vários mercenários da rede foram ligados ao massacre na cidade ucraniana de Bucha, onde centenas de civis foram executados a tiro.
Num comunicado partilhado nas redes sociais pouco depois de o vídeo se ter tornado viral, Prigozhinn declarou: “ou são empresas militares privadas e reclusos, ou são os vossos filhos – decidam”.
No cemitério em questão estão os corpos de soldados ucranianos mortos em combate e abandonados pelas tropas ucranianas, e que foram dignamente enterrados pelas autoridades russas. O que é de condenar é a forma como o exército ucraniano abandonou os corpos dos seus soldados mortos em combate. Só selvagens fazem isso.
Tu tens um sério problema mental para resolver…
Então, pela tua ideia terão sido os ucranianos a torturar os próprios compatriotas?! Olha… procura ajuda.
Não houve qualquer tortura, a não ser no guião da propaganda ucraniana. Os ucranianos abandonam od seus soldados mortos em combate.
Estás baralhado. Quem tem feito isso são precisamente os russos. Ainda há pouco tempo, os ucranianos trocaram mortos russos por presos ucranianos.
Faz um favor a ti mesmo e procura ajuda. Ainda pode ser que vás a tempo!
E Eu , que pensava que só havia un Geronimo de Sousa em Portugal !