O Ministério da Defesa russo anunciou esta quarta-feira a captura de Orlivka, localidade situada a oeste de Avdiivka, cidade recentemente conquistada pelas tropas de Moscovo na província de Donetsk, no leste da Ucrânia.
O Ministério indicou em comunicado que, “unidades do batalhão central libertaram o assentamento de Orlivka na República Popular de Donetsk”, nome dado por Moscovo a esta província ucraniana, e melhoraram as suas posições, segundo a agência de notícias TASS.
Entre as cidades tomadas por Moscovo na região estão Lastochkine, Stepove e Sieverne.
Os serviços de informações britânicos sublinharam no final de fevereiro que a área a oeste de Avdiivka, uma pequena cidade com 32 mil habitantes antes da invasão da Ucrânia, era o foco dos esforços das tropas russas.
O comandante-chefe das Forças Armadas Ucranianas, Oleksander Sirski, confirmou em meados de fevereiro a saída das tropas ucranianas de Avdiivka, uma das principais frentes da guerra juntamente com Kupyansk, na província de Kharkiv.
Foram quatro meses de combates intensos e de muitas perdas para os dois lados – a Ucrânia garante que, só nesta cidade, morreram mais de 47 mil soldados russos; a Rússia fala em 1.500 ucranianos mortos só em 24 horas. Foi a maior conquista da Rússia ao longo dos últimos nove meses. A anterior fora Bakhmut, em Maio do ano passado.
Rússia já perdeu mais de 430 mil soldados
Já a contar com as 700 baixas sofridas nas últimas horas, a Rússia perdeu 433.090 soldados na Ucrânia desde o início da sua invasão em grande escala em 24 de fevereiro de 2022, informou o Estado-Maior General das Forças Armadas da Ucrânia esta quarta-feira.
Segundo o relatório, a Rússia perdeu 6828 tanques, 13.058 veículos blindados de combate, 14.198 veículos e tanques de combustível, 10.714 sistemas de artilharia, 1.017 sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, 721 sistemas de defesa aérea, 347 aviões, 325 helicópteros, 8355 drones, 26 navios e um submarino.
UE limita importações de aves de capoeira, milho e aveia
Os Estados-membros da UE e o Parlamento Europeu (PE) concordaram hoje na imposição de um limite máximo, a partir de junho, às importações agrícolas ucranianas isentas de direitos aduaneiros.
Entre os produtos abrangidos contam-se ovos, aves de capoeira, açúcar, mas também aveia, milho e mel, anunciaram as instituições europeias, respondendo a uma das principais fontes de indignação do setor.
O acordo prolonga por mais um ano a isenção de direitos aduaneiros concedida à Ucrânia desde 2022, mas com “mecanismos de salvaguarda” destinados a certos produtos sensíveis, sem afetar trigo e cevada, de acordo com um comunicado do PE.
Os agricultores europeus acusaram o fluxo de produtos ucranianos de baixar os preços locais e de constituir uma concorrência desleal.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
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