O criador da Football Leaks, Rui Pinto, é uma das 17 testemunhas atualmente protegidas pelo Estado português. Além disso, estão incluídos mais dez familiares de testemunhas neste programa especial de segurança. Apenas sete são estrangeiros.
O Correio da Manhã, que teve acesso aos dados da Comissão de Programas Especiais de Segurança (CPES), escreve que, desde 2003, já houve 93 beneficiários deste programa: 47 testemunhas e 46 familiares.
As circunstâncias em que se encontram, nomeadamente em perigo de vida, pode ‘obrigar’ estas testemunhas a mudarem-se para o estrangeiro, a mudar de nome ou até mesmo a fazer uma operação plástica para mudar a cara. Esta última situação apenas é aplicável “quando razões estritas de segurança o justifiquem, dependendo de aceitação do beneficiário do programa especial de segurança”, explicou a CPES ao Correio da Manhã.
“Poderão ser atribuídos subsídios de subsistência ou para a criação de condições para angariação de meios de subsistência, por um período limitado”, acrescentou o organismo.
Rui Pinto está atualmente a viver numa casa do Estado sob proteção policial. O pirata informático está a colaborar com a Polícia Judiciária e com o Ministério Público em várias investigações após ter chegado a um acordo com as autoridades.
A duração dos programas é muito variável, “consoante a necessidade específica de proteção em cada caso, sendo os referidos programas revistos periodicamente”, salientou a CPES.