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Moreira desmente Costa: candidatura já tinha Lisboa no nome

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Rui Moreira / Facebook

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira

O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, afirmou, em comunicado, que nunca foi contactado para qualquer contributo ou avaliação da comissão de candidatura nacional para a instalação da Agência Europeia do Medicamento (EMA).

Num comunicado divulgado este domingo, Rui Moreira diz ter recebido “com enorme surpresa” a notícia da deslocação da comissão em causa a Londres, e que ali terá concluído que o Porto não seria a localização mais segura para a candidatura portuguesa à EMA.

“Nem a Câmara do Porto, nem o seu Gabinete de Investimento Invest Porto foram contactados ou convidados a contribuir com qualquer informação técnica ou outra para esta comissão ou para qualquer outra avaliação”, indica o presidente da autarquia, acrescentando que a comissão nunca contactou a autarquia para qualquer avaliação.

A sede da EMA deve abandonar Londres com a saída do Reino Unido da União Europeia, e a possibilidade da candidatura de Portugal, com vários políticos e localidades a reivindicar a sede da agência europeia, depois de o Governo ter escolhido Lisboa, tem gerado forte polémica.

Moreira realça que a “Comissão de Candidatura Nacional para a instalação da Agência Europeia do Medicamento na cidade de Lisboa“, que contém especificamente “Lisboa” no nome, foi constituída em Conselho de Ministros, em resolução de 27 de abril último.

O autarca elenca ainda as entidades públicas e ministérios que a integram, nomeadamente Negócios Estrangeiros, Modernização Administrativa, Finanças, Ciência Tecnologia e Ensino Superior, Educação, Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Saúde, Planeamento e das Infraestruturas, Economia e por representantes da Câmara Municipal de Lisboa.

Rui Moreira defende que o Porto tem as condições necessárias para receber a EMA porque “tem um excelente aeroporto internacional, não congestionado, com boas ligações à Europa, em alguns casos, melhores até do que Lisboa, como é o caso de França”.

Recorda ainda que “o Porto tem escolas de língua estrangeira oficiais e privadas em alemão, inglês e francês”.

“Não conhecemos qualquer avaliação que a dita comissão tenha feita acerca do edificado público e privado da cidade do Porto. Com a câmara nunca falou, nem sequer através do Portugal IN, instrumento criado pelo próprio Governo para apoiar a atração de investimentos localizados no Reino Unido”, sustenta ainda o autarca.

Rui Moreira acrescenta que, desde 27 de abril, falou várias vezes com o primeiro-ministro, e António Costa “nunca referiu este assunto ou pediu colaboração”.

Numa carta dirigida a Rui Moreira, o primeiro-ministro explicou ter decidido candidatar Lisboa devido à “conveniência da proximidade do Infarmed” e por “ser fator de preferência a existência da Escola Europeia, que só Lisboa pode vir a ter”.

Entretanto, um grupo de deputados do PSD defendeu a instalação da EMA em Coimbra, tendo questionado o Governo sobre se a cidade foi estudada como alternativa a Lisboa para receber aquele organismo.

No mesmo dia, o presidente da Câmara de Braga criticou o Governo e a União Europeia por não ter recebido “até à data” nenhuma informação “concreta” e “rigorosa” sobre os requisitos para acolher a EMA.

A 09 de junho, um grupo de deputados do PS eleitos pelo Porto questionaram o Governo sobre os “estudos que sustentam a decisão de localização” da EMA.

// Lusa

22 Comments

  1. Como sempre lá vêm os calimeros do Porto e da “nortada” com o regionalismo e bairrismo bacoco e provinciano. Em portugal só mesmo Lisboa cumpre os critérios mínimos para receber a Agência Europeia do Medicamento. O Porto teria o quê, a Bial? Mas a ideia é mesmo não casar um organismo regulador e fiscalizador com a indústria. Nem isso sabem entender? O que mais teria o Porto para oferecer? Aquele apeadeiro aéreo da Pedras Rubras a que pretenciosamente chamam “Aeroporto Sá Carneiro” (nome bem escolhido,não haja dúvida! LOL), que por não ter grande movimento alegam ser “um aeroporto não congestionado”? ahahahahahah
    Agora também querem o festival da canção no Porto ou arredores? Para quê? Para dar alguma utilidade aos elefantes brancos que a maçonaria da “nortada” por lá tem plantado, tipo Europarque ou Multiusos de Guimarães? ahahahhahahah Chega!

    • O “apeadeiro aéreo” de que fala tem consistentemente sido considerado, entre os aeroportos de médias dimensões, um dos melhores do mundo (3º em 2017) e o melhor da Europa. É certo que o nome do aeroporto General Humberto Delgado (anteriormente Portela) foi mais bem escolhido, sendo uma justíssima homenagem a um verdadeiramente grande português, mas seja com que nome for, não consta que esse aeroporto tenha alguma vez recebido qualquer distinção. Se usar ambos os aeroportos, facilmente perceberá porquê.

      • Em Espanha e Portugal persiste a duvidosa tradição de crismar aeroportos civis com nomes de personalidades mortas em acidentes de aviação… Se apreciarmos humor negro, não deixa de ter a sua graça.

        De qualquer modo, estas questões soam-me a guerras de alecrim e manjerona, e parece-me muito pouco provável que a candidatura nacional para a instalação da EMA consiga vencer, quando existem vários países comunitários melhor posicionados (digo isto independentemente de a cidade escolhida ser Lisboa, o Porto, Trancoso ou Portimão).

    • O “apeadeiro” ultrapassou no ano passado os 9 milhões de passageiros. Parece que o Sr. das Caldas afinal é um centralizador convicto.
      Portugal vai insistir na candidatura perdedora de Lisboa (que já tem 2 agências europeias).
      Pelos vistos cada vez mais Portugal é Lisboa e só Lisboa!

    • O das Caldas ou ele é pequeno para as suas “necessidades” ou será grande demais.
      A verdade é que se mostra muito incomodado com a distância a que tudo o que se relacione com medicamentos. Deve estar a sofrer muito…

  2. das Caldas a sua linguagem e argumentos são de arruaceiro.
    Não discuto qual a cidade que está em melhores condições, e até concordo que por vezes o Sr. Rui Moreira excede os limites, mas neste «caso» interessa-me bastante o facto do primeiro-ministro ter aparentemente mentido quanto aos motivos da escolha de Lisboa.

    Não pode vir dizer que queria que fosse o Porto mas que depois a comissão indicou que não seria possível, quando se demonstrou a comissão foi constituída especificamente tendo em vista a candidatura de Lisboa. Ou seja a decisão já estava tomada.

    Tenho vindo a gostar deste primeiro-ministro mas não tolero DE FORMA ALGUMA mentiras. Já bastou o Passos Coelho e Relvas.

    • E o passos mentiute em que? Que tinhamos um. Defice de 11% e que quando ele saiu ficou em 3 % ou foi este que fez a coisa toda e!!!fez um grande feito em um ano e meio descer 1% e o passos fez tam mal e desceu de 11% para 3% qual teve mais merito?????

      • Apenas é preciso cortar as gordorinhas intermédias do estado. Não é preciso reduzir salários ou despedir funcionários.
        O PEC 4 ultrapassou todos os limites do aceitável.

      • Hahahaa….
        Isso é que é ironia!..
        Perguntar em que mentiu um dos maiores mentirosos da politica nacional, é mesmo uma boa piada!!

      • Resposta a Anela Varala, nõe cei se è acim que se debe iscreber,,?!— mas como a dama iscrebe debe cer acim , e só acim, ke debe perceber…
        COITADINHA, QUE TRSTEZA.

  3. Este caso é a prova que, o nosso país é um “feudo” de “pequenos principes” ! Quer os decisores quer os que ficaram de fora reagem como se a “coisa pública” fosse sua ! Como se não houvesse país para além deles e dos seus próprios umbigos !!
    Os primeiros decidiram sem ouvir todos os potenciais interessados, refugiando-se nos pareceres técnicos que foram pedidos “já com o resultado anunciado”. Como quando alguém pde um parecer juridico, para defender a sua tese.
    Os outros percebe-se que sentem a sua “vaidade” atacada ! Não gostaram de não ser ouvidos, mais do que acham ter capacidade para acolher a AEM. É mais birra por não os terem convidado para jogar, do que interesse em participar no jogo… É o que temos !1
    Eu continuo a pensar que, utilizar o argumento da proximidade ao INFARMED como critério, para além da hipocrisia que demonstra, acarreta um problema futuro (eventual, pois a memória do povo é curta … ), pois o critério de encerramento de serviços públicos em várias localidades, tipo escolas, serviços de urgencia hospitalares, centros de saúde, delegações de serviços públicos tem sido, precisamente, o de dizer que hoje, dadas as vias de comunicação existentes não fazem tanto sentido existirem, etc, etc, etc. E agora isto ?!
    Quer dizer, quando é para “tirar” as vias são boas e servem , quando é para “dar” … as distancias são intransponiveis ?! Dá que pensar …

  4. Se todos os Governos da Europa fossem tão tacanhos e centralistas como os de Portugal (vários), nunca teria havido a Exposição Mundial em Sevilha, Os jogos Olímpicos em Barcelona e em Munique.
    Só mesmo aqui com o compadrio da gentelha alfacinha. Recordemos o Red Bull. Vai voltar ao Porto em Setembro. Retirou Portugal dos festivais aéreos depois de ver a vergonha que Lisboa fez para retirar o festival do Porto. Por acaso o Presidente da Câmara de Lisboa era o actual 1º Ministro ! Incorregivel centralismo !

  5. Quando Portugal ganhou o festival da cancão Rui Moreira veio logo dizer que o Porto não estava interessado em organizar no proximo ano o dito festival. Isto sem ninguém lhe perguntar nada. Agora Rui Moreira está a levantar esta polémica toda com uma situacão que ainda nem sequer esta resolvida, Por favor olhem ao que diz o presidente da republuica,Tenham bom senso.

    • Sim, e na qual, por acaso, participaram – votando a favor da candidatura de Lisboa, note-se – vários deputados que depois deram o dito por não dito, pondo-se em bicos de pés contra o “centralismo da capital”, dando provas de um oportunismo político de bradar aos céus…

      É fácil resumir a coisa: um mês atrás, foi a votos na AR um “Voto de saudação pelo apoio à candidatura de Portugal à sede da Agência Europeia de Medicamentos”, apresentado pelo PS e subscrito pelo PSD. No respectivo texto eram referidas as hipóteses de Lisboa, isto é, votou-se o apoio à candidatura de Lisboa para acolher a sede da EMA. Todas as bancadas votaram a favor do textinho, que foi aprovado com unanimidade…

      Claro que, após a gritaria da CM do Porto, vários opositores do “centralismo” de ocasião vieram a terreiro propor cidades em alternativa: uns o Porto, mas também Braga e Coimbra… O pior é que isto partiu também de deputados que tinham votado favoravelmente o dito texto, do PSD, PS e BE. Como é possível renegarem de modo tão evidente o sentido de voto expresso apenas um mês atrás? Incompetência e populismo rasteiro no seu pior.

  6. Chega a ser assustador a forma egocêntrica como a região de Lisboa vê o país,estão tão viciados que nem conseguem perceber que batem recordes de bairrismo e provincianismo como se isso a eles não fosse aplicado.No entanto percebo que não têm culpa.

  7. Depois do que passou na AR (dar o dito por unanimidade e agora uns tantos deputados já não estão de acordo) vou fazer como já o fazem muitos amigos meus: quando aparece a Ar na TV mudam de canal, e se há notícias do que por lá se passa, também passam à frente. Que vergonha!…

  8. De acordo com os critérios divulgados uma candidatura de uma cidade que não Lisboa e dotada de boas infraestruturas próprias e de comunicações reuniria mais créditos porquanto a capital já tem sediadas duas agências europeias.
    Qualquer avaliação que, pretensamente tivesse sido feita…, concluindo neste caso pela vantagem de Lisboa, só por miopia cerebral seria tomada.
    A dita aposta na descentralização pelos responsáveis de tal opção é uma falácia. Na dita defesa até ao limite de uma candidatura do Porto até o Pinóquio com a sua ‘cara de pau’ coraria.
    Mas, parlamentares que tantas vezes levantam a voz por tudo e por nada, foram totalmente amorfos e acríticos, numa aprovação unânime de tal decisão.
    Destaque-se pela negativa a deputada e responsável no PS, Luísa Salgueiro que declaradamente apoiante dessa opção tem pretensões a representar os cidadãos de Matosinhos (que teria condições afins ao Porto para acolher EMA e poderia ter essa ambição pela proximidade que tem com o Porto e no qual se situa o aeroporto Sá Carneiro (Pedras Rubras))!!!
    Cabe aos eleitores procurar com o seu voto arredar da sua governação quem não concorre para o seu serviço e bem público. Neste caso concreto a oportunidade de o demonstrar está próxima. Não esqueçam quando fôr a hora de votar.

  9. Vamos fazer um pouco de ficção: Imaginemos que este ou outro governo tivesse conduzido um processo virginal, sem mácula e hiper-correctissimo no aspecto político. Tinha informado toda a santa gente (leia-se autarcas, juntas metropolotanas, freguesias FCP, SCP, SLP, SCB etc. etc. etc.) Depois esperava pelas candidaturas. Umas seriam indigentes, outras chegariam atrazadas etc. etc. Finalmente, nomearia uma duas ou três comissões independentes, dependentes, superintendentes etc.etc.etc. para avaliar os resultados, finalmente seriam dados a conhecer vinte resultados alternativos para não dizer mais. Por fim, cúmulo da correcção o PR convocaria um referendo nacional, sobre se os emigrantes deviam ou não votar e depois outro para o Povo se pronunciar sobre o seu preferido. O governo proclamaria então o resultado, infelizmente já após a capital do Uzbequistão ter ganho a corrida a sede da Agência Europeia do Medicamento, pelo candidato português ter apresentado candidatura fora de prazo. Mas, qualquer que fosse o método de selecção do candidato este seria serenamente aceite ou o País voltaria a dar o deprimente espectáculo de um saco de gatos em luta pela ração???? Só estou a perguntar!!!!

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