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Incluir robôs nas equipas de trabalho pode não ser tão bom como parece

Tesla

As pesquisas mostram que os trabalhadores podem criar mais laços com os robôs do que com os colegas de trabalho, o que pode ter um impacto negativo na performance.

Incluir robôs nas equipas de trabalho das empresas pode não ser uma boa ideia. Um novo estudo publicado na Journal of the Association for Information and Science Technology concluiu que as equipas que juntam humanos e robôs podem fraturar-se em subgrupos e funcionar mais como equipas em competição do que em cooperação.

Já vários estudos analisaram as consequências positivas, como a união e o engajamento, do trabalho com robôs, mas ainda poucas pesquisas foram feitas sobre as repercussões negativas deste modelo de trabalho, escreve o Futurity.

“Este tema mantém-se relativamente inexplorado apesar da potencial importância de subgrupos nas equipas de humanos e robôs”, revela o co-autor Lionel Robert, professor da Universidade do Michigan.

A investigação divide-se em dois estudos — uma análise quantitativa aleatória experimental em laboratório e um estudo qualitativo com dados recolhidos dos trabalhadores e gerentes no campo que trabalham com robôs diariamente.

Na análise em laboratório, 88 pessoas foram separadas em 44 equipas, cada uma com dois humanos e dois robôs, para moverem garrafas em diferentes pontos numa competição. Os participantes responderam a questões sobre a sua performance e a ligação que sentiram com os robôs e os outros humanos.

Os resultados mostraram que quando os humanos se sentiram mais ligados ao robô, surgiram subgrupos, o que impactou negativamente o trabalho da equipa. Já o segundo estudo procurou obter recomendações para mitigar estes efeitos negativos e ao mesmo tempo melhorar o ambiente de trabalho.

Os 112 participantes nesta amostra eram oriundos de diversas indústrias e geriram outros que trabalharam diretamente com robôs, tendo depois respondido sobre a garantia de boas relações laborais entre os humanos e os robôs nas equipas

As conclusões mostraram que os treinos, a melhoria da comunicação entre humanos e a liderança mitigaram os efeitos que o surgimento dos subgrupos teve na performance da equipa. Assim, a qualidade do trabalho melhora quando os funcionários têm uma melhor relação entre si do que com os robôs.

ZAP //

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