Uma equipa de cientistas do Instituto Italiano de Tecnologia, em Génova, criou um robô que poderá ser capaz de salvar vidas em situações de catástrofe.
O projeto Walk-Man começou em 2013 e tem o objetivo de desenvolver uma plataforma robótica antropomórfica que funcione fora do laboratório, em ambientes não estruturados.
“Este é um robô antropomórfico, que efetua movimentos idênticos aos do corpo humano. A mão tem cinco dedos, por exemplo, incluindo o polegar”, afirmou o investigador Nikolaos Tsagarakis, citado pela Euronews.
“O robô foi criado para intervir em situações muito precisas e exigentes. Os objetos do dia a dia foram desenhados para se adaptarem à configuração do corpo humano, e um robô com uma configuração idêntica pode executar as mesmas tarefas, mas de forma mais otimizada”, destacou.
Os cientistas estão confiantes que o andróide possa substituir os humanos em contextos de risco – mas, para já, o robô ainda está a aprender a andar e a enfrentar perigos.
A equipa está a aperfeiçoar o software para que o Walk-Man consiga manter o equilíbrio em superfícies instáveis e contra perturbações como o impacto com objetos ou pessoas.
Este projeto, que conta com o apoio da Comissão Europeia, pretende que a intervenção de um operador aconteça apenas quando a resolução dos problemas de movimento ou equilíbrio do andróide for demasiado complexa.
O Walk-Man tem 1 metro e 80 e está equipado com um sistema de visão estereoscópica.
Segundo os especialistas, este robô antropomórfico tem uma potência “muito semelhante à de um carro de média dimensão”.
“Cada junta principal, seja no joelho ou na anca, onde se concentra muito esforço, tem uma potência idêntica à de uma scooter de 50 de cilindrada”, adiantou o investigador Ioannis Sakoglou.
O Walk-Man já conduziu um carro e, no final de 2017, vai enfrentar uma missão ainda mais desafiante – terá de conseguir resgatar uma pessoa de um edifício em chamas.
BZR, ZAP