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Pela primeira vez, um artista usou um robô 5G para tatuar à distância

A T-Mobile Netherlands desenvolveu “a tatuagem impossível”: a primeira tatuagem remota do mundo, desenhada por um robô movido a 5G.

De acordo com o PCMag, a tatuagem foi feita na pele da atriz Stijn Fransen, por um braço robótico controlado pelo tatuador holandês Wes Thomas noutro local em tempo real, via 5G. O artista desenhou a tatuagem num braço de um manequim enquanto um robô copiava todos os seus movimentos com uma agulha num braço real.

O projeto, apelidado de “The Impossible Tattoo” (A Tatuagem Impossível, em tradução livre), fez parte de uma campanha de marketing da empresa de telecomunicações holandesa T-Mobile, que desejava demonstrar, além da alta velocidade, a capacidade do 5G de lidar com uma grande quantidade de tráfego de dados, apresentando o mínimo de latência.

Com os novos benefícios da rede 5G praticamente não há atrasos, o que significa que uma ação com precisão milimétrica pode ser realizada independentemente da distância.

Para este projeto inovador, a T-Mobile Netherlands colaborou com a empresa de produção The Mill, que construiu o braço robótico tatuador do zero e criou o filme.

Wes Thomas esteve profundamente envolvido na investigação e no desenvolvimento da tecnologia de tatuagem remota, certificando-se de que uma infinidade de fatores fossem levados em consideração ao replicar o delicado processo de tatuagem.

Diversos processos de calibragem foram feitos para que o braço robótico funcionasse em perfeita sincronia com o artista em tempo real, com testes realizados em abóboras, tomates e braços sintéticos. Entre os desafios estavam o ajuste de quantidade de tinta na agulha, a identificação das diferentes texturas de pele e as nuances dos traços do artista.

Depois de inúmeros testes em vários vegetais e amostras de próteses de pele, foi a vez de Stijn Fransen receber a primeira tatuagem 5G do mundo.

A sincronização entre o braço do tatuador e o aparelho robótico foi feita através de algoritmos capazes de reconhecer superfícies e sensores que faziam um mapeamento geométrico do ambiente.

Estes algoritmos criavam uma nuvem de pontos digitais que representavam os movimentos dos dois membros envolvidos. Depois do posicionamento da agulha no braço robótico, os engenheiros enviavam esses pontos digitais via 5G para o robô, que os aplicava na nova geometria 3D do braço da atriz.

Maria Campos, ZAP //

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