As temperaturas vão subir até aos 30 graus Celsius entre domingo e quarta-feira, devendo o risco de incêndio voltar a aumentar já a partir de sábado, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
“A precipitação entre 16 e 21 [outubro] não deverá ter impactos significativos na diminuição da situação de seca, em particular nas regiões do interior e no Algarve, devendo o risco de incêndio voltar a aumentar já a partir de dia 21, pelo menos até 25 de outubro”, indicou o IPMA, sublinhando o regresso do “tempo seco após semana com precipitação”.
De acordo com o aviso divulgado hoje, prevê-se uma subida da temperatura do ar para valores máximos entre 25 e 30 graus Celsius e humidades relativas do ar inferiores a 40% no período da tarde nas regiões do Interior, até 25 de outubro.
Segundo o IPMA, entre domingo e quarta-feira “prevê-se um novo período sem precipitação, havendo uma probabilidade entre 20% e 40% de ocorrência de precipitação nas regiões Norte e Centro entre 26 e 28 de outubro”.
“Desde 16 de outubro iniciou-se um período de precipitação que deverá prolongar-se até 21 de outubro, com maior incidência nas regiões do litoral Norte e Centro, sendo o Algarve a região com menores quantidades de precipitação”, refere o aviso do IPMA hoje divulgado, acrescentando que a temperatura do ar, neste período, desceu para valores normais para a época do ano.
No entanto, toda a costa portuguesa vai estar sob aviso amarelo no fim-de-semana por causa da agitação marítima, prevendo-se ondas até cinco metros, segundo o IPMA.
De acordo com o instituto, os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro vão estar sob aviso amarelo entre as 06h00 de sábado e as 09h00 de domingo. Para estes distritos, está prevista agitação marítima com ondas de noroeste com 4 a 5 metros.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 43 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves. Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
ZAP // Lusa