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Rio e Relvas nunca duvidaram da inocência de Miguel Macedo

Tiago Petinga / Lusa

O antigo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou esta sexta-feira que sempre acreditou que Miguel Macedo “estava inocente” no processo Vistos Gold e que nunca o achou “capaz de utilizar um cargo público em benefício próprio”.

O ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado António Figueiredo foi esta sexta-feira condenado a quatro anos e seis meses de pena suspensa por corrupção e peculato de uso, tendo o tribunal absolvido o antigo ministro Miguel Macedo, no processo Vistos Gold.

Sempre acreditei que Miguel Macedo estava inocente. Conheço-o há muitos anos e nunca o achei capaz de utilizar um cargo público em benefício próprio”, escreveu Rui Rio na conta oficial do Twitter.

Há quase um ano, em 30 de janeiro de 2018, o líder do PSD já tinha declarado no julgamento do processo ter “a perceção” de que as ações do antigo ministro e colega de partido sempre se pautaram pela defesa do interesse público.

“A minha perceção é que a atuação de Miguel Macedo foi sempre determinada pelo interesse público“, declarou então Rui Rio, por videoconferência, na qualidade de testemunha abonatória de Miguel Macedo.

Questionado nesse momento por Castanheira Neves, advogado de defesa de Miguel Macedo, o presidente social-democrata garantiu que jamais teve conhecimento de qualquer facto ou sinal de que o antigo ministro da Administração Interna tivesse tomado uma decisão para favorecer interesses privados.

Também o antigo ministro Miguel Relvas mostrou satisfação com a decisão do tribunal, frisando que sempre acreditou na inocência de Miguel Macedo. Em declarações ao jornal Público, disse estar “feliz, muito feliz” e que “nunca” teve dúvidas de que “era inocente”.

Após a decisão que o absolveu de quatro acusações, o ex-ministro da Administração Interna disse que o tribunal deu resposta às “canalhices” que lhe fizeram.

O seu advogado considerou que a absolvição era “a consequência lógica e necessária da fraca produção de qualquer tipo de prova”, e classificou a acusação do Ministério Público como “infundada e desprovida de factualidade consistente”.

O então governante Miguel Macedo demitiu-se do cargo de ministro da Administração Interna do Governo PSD/CDS-PP, em novembro de 2014, na sequência das imputações que lhe foram feitas pelo Ministério Público, considerando que a sua autoridade enquanto governante estava diminuída.

Para o advogado, Miguel Macedo foi “atingido por um vendaval desencadeado pela acusação”, tendo ressalvado que “uma coisa é o procedimento não ter sido o mais correto do ponto de vista administrativo e outra era representar um ilícito penal”.

ZAP // Lusa

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