Rui Rio admitiu, em entrevista à Antena 1, que um resultado “baixíssimo” do PSD nas próximas legislativas coloca em causa a sua liderança no partido.
Com as últimas sondagens que dão ao PSD valores entre os 20% e os 23%, o líder do PSD assegura que, se não ganhar as eleições, toma posse como deputado mas não assegura o cumprimento do mandato: “Depois vejo”. “Obviamente que 20% era muito mau”, admitiu.
Para Rui Rio, é evidente que a sua liderança se joga nestas eleições: “Se o PSD tivesse um resultado baixíssimo obviamente o que é que uma pessoa fica lá a fazer?”.
A entrevista, de acordo com o jornal Público, começou por explorar qual o resultado com que o PSD se sente confortável para tentar influenciar as políticas do próximo Governo e para fazer compromissos com o PS.
Rui Rio preferiu assinalar que o “compromisso preferencial é com o CDS”, que é “histórico”, e não voltou a repetir a ideia de que é preciso “um acordo no Parlamento que dê ao país a oportunidade de fazer as reformas estruturais” mesmo em caso de derrota eleitoral do PSD.
Questionado sobre se há interesse nacional em fazer acordos com o PS, Rio alarga o âmbito desses compromissos a “todos os partidos” embora depois reconheça que as “reformas de fundo” exigem as duas maiores forças políticas – PS e PSD. Assim, Rio assume não desejar uma maioria absoluta do PS por considerar que “seria um obstáculo” ao seu entendimento sobre o que o “país precisa”.
O líder social-democrata defende que “o poder político tenha a força necessária e a coragem necessária” para fazer as reformas inadiáveis. O líder social-democrata assume que a sua convicção sobre a necessidade de compromissos em nome de reformas estruturais é compreendida pelo eleitorado social-democrata mas não é bem vista pela “massa associativa” do PSD.
Entre as reformas que apontou como essenciais está a do sistema político, da segurança social e a da justiça. Neste último campo assumiu a necessidade de uma revisão constitucional para concretizar uma das alterações que propõe – a possibilidade de o Presidente da República nomear elementos para o Conselho Superior da Magistratura.
A recomposição deste órgão para permitir que tenha uma maioria de não magistrados foi a solução que António Costa, líder do PS, rejeitou numa entrevista à SIC, um dia depois de Rio ter dado sinais claros do desejo de assumir compromissos com os socialistas para as reformas estruturais.
Na mesma entrevista, Rio confessou, de acordo com o Sol, que seria “hipócrita” dizer que tem todos os sociais-democratas consigo e que não há ninguém a tentar-lhe “fazer a cama”.
“O partido comigo eu tenho, os militantes e o grosso das estruturas eu tenho. Agora, se me perguntar se tenho todos, todos, muito unidos, e ninguém me está a tentar fazer a cama? Eu era hipócrita se dissesse que não é verdade” declarou. O responsável acrescenta ainda que a “oposição interna não está assim tão calada como isso”.
À Antena 1, Rio também explicitou a sua proposta para os círculos eleitorais, mas salvaguardando sempre que não é uma solução “fechada”. O líder do PSD deixa, assim, a porta aberta a eventuais conversações no futuro.
Já vai tarde e é uma pena o PSD estar assim.
O atual presidente do partido tem a visão para o País que existe numa página de excel
Enquanto Presidente da Câmara do Porto foi arrogante face à cidade e às suas forças vivas, mas percebeu-se que à conta disso foi levado ao colo pela imprensa.
Depois foi levado ao colo pelo PS, amigo da onça…
Agora está como está.