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Rio não “pica” Rangel. “O que me pica é a fraca governação do PS”

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Fernando Veludo / Lusa

O candidato à liderança do Partido Social Democrata (PSD), Paulo Rangel, durante um encontro com militantes

O candidato à liderança do PSD, Paulo Rangel

O primeiro objetivo de Paulo Rangel é vencer a Rui Rio e liderar o Partido Social Democrata. O segundo é vencer a António Costa e liderar o país. O comício que marcou o arranque da campanha interna no PSD teve lugar no Palácio da Bolsa, no Porto, este domingo.

No discurso da sua primeira ação de campanha às diretas do PSD, Paulo Rangel acusou o Governo de querer mudar a legislação laboral nas costas da Concertação Social, criticou a crise energética e a fiscalidade sobre os combustíveis, assim como a meta da transição digital do país, afirmando que “o 5G e a Anacom vão ser o caso GALP 2”.

O dedo estava apontado a António Costa, pelas “incompetências do Governo“, pelo caos na Saúde e por ter optado por governar “com a esquerda radical e extrema”.

“O Governo está a tratar da Saúde como das moratórias, por isso no pós-pandemia a situação nas urgências e nas consultas serão insuportáveis”, afirmou, concluindo que também na Educação o país passou do “estado de emergência ao estado do caos”, disse, citado pelo Expresso.

Por “ser tudo responsabilidade de António Costa”, Paulo Rangel vai a votos no PSD com o objetivo de fazer “oposição veemente e dura“. O dedo, aqui, voltou-se para Rui Rio.

Na apresentação da sua candidatura, o atual líder do PSD disse que “picado” é quando se sai melhor. Rangel rejeitou as expressões “pica, picar, ficar picado” e disse mesmo que “as posições divergentes dos meus companheiros de partido e dos meus competidores eleitorais não me picam, nem me levem a fazer voos picados ou voos picantes”.

“A mim, o que me pica, o que me espicaça, o que verdadeiramente me dói é a fraca governação socialista. Isso pica”, atirou. Por isso, enquanto “candidato a líder do PSD e candidato a primeiro-ministro”, se nos próximos dias houver crise política, por maioria de razão se justificam ainda mais as eleições no PSD.

“Que ninguém se engane e se iluda, nós estamos preparados para ela (a crise) antes, durante e depois das eleições internas”, afirmou o social-democrata, numa achega clara ao facto de Rui Rio defender ser um “aventureirismo” avançar para eleições internas sem saber se o país vai legislativas antecipadas.

Haja ou não crise política, Rangel está pronto. “O líder do PSD tem de estar totalmente e ferreamente preparado, não apenas para legislativas antecipadas mas também tem de estar legitimado para concorrer a essas eleições”, avisou.

“Não posso ser mais claro e transparente, estamos preparados para esse cenário, não temos medo de legislativas antecipadas nem de eleições internas no prazo certo”, completou.

Segundo o Observador, outra das críticas prendeu-se com o facto de Rui Rio ter apelado ao “voto livre” e aos “militantes livres do PSD”. Rangel diz ser “inadmissível” essa distinção.

“Há gente que quer dividir os militantes do PSD em duas categorias, raças e etnias: de um lado, os militantes livres, do outro, os militantes escravos. Só há uma qualidade de militante: só há militantes livres porque na urna, cada militante, cada pessoa, cada homem, cada pessoa, cada jovem é soberano e livre de escolher”, defendeu.

ZAP //

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1 Comment

  1. Se quer falar de algo verdadeiramente fraco fale da oposição do psd que para além de não existir já alguns anos, quando existe serve apenas para criticar e não para apresentar soluções!

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