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Rio elogia Governo: “Compra do SIRESP foi um ato de coragem”

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PSD / Flickr

O presidente do PSD, Rui Rio

O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta terça-feira, em Castanheira de Pêra, que o Governo teve coragem ao comprar a parte dos operadores privados do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP).

“O SIRESP não funcionou, funcionou mal, e o que o Governo entendeu foi assumir ele a responsabilidade de gestão, ficando com 100% do capital. Vamos ver, no futuro, se teve uma boa decisão ou uma má decisão, mas teve, necessariamente, uma decisão arrojada em que assume a responsabilidade” pelo funcionamento deste sistema, disse Rui Rio, que falava aos jornalistas após uma reunião de trabalho na Câmara Municipal de Castanheira de Pera, um dos municípios mais afetados pelo grande incêndio de junho de 2017.

O líder social-democrata referiu que não pode criticar a decisão do executivo, sendo agora “mais fácil dizer que, se o SIRESP não funcionar, a responsabilidade é do Governo”. “Nesse sentido, tem coragem e espero que as coisas funcionem“, acrescentou.

Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de consenso entre PSD e PS relativamente ao diploma que pretende expandir o projeto-piloto do cadastro simplificado ao resto do país, Rui Rio referiu que a postura do PSD é “uma postura de colaboração e não uma postura de combate político”. “Acima de tudo, temos que olhar para o interesse público”, disse Rui Rio, sem esclarecer se já há um consenso nesta matéria.

Sobre o território afetado pelo grande incêndio de junho de 2017, o presidente do PSD referiu que é necessário avançar-se com medidas “que possam contrariar o excesso de concentração [demográfica] no litoral”, seja através da atração de investimento, seja através da desconcentração de serviços públicos que poderiam ser colocados no interior do país. “Tem de haver medidas discriminatórias para o interior e que também passam pela coragem, por um lado, da descentralização, e, por outro, pela desconcentração”, vincou.

Questionado sobre se as medidas implementadas pelo memorando da troika contribuíram para a desertificação do interior, Rio concordou, salientando, porém, que o memorando, apesar de aplicado por um Governo PSD/CDS, foi assinado por um Governo PS.

“É lógico que, se tirarmos esses serviços públicos, dificultamos ainda mais o enraizamento das pessoas nesses locais”, notou, considerando que é necessário “reverter aquilo que é possível reverter”, apesar da base fundamental ser a criação de emprego.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Por isso é que admiro este tipo, ele é pouco politico e muito prático, se acha que tem de dizer bem, ele diz, se acha que tem de dizer mal, diz também.
    Não é como se vê a cristas borrega fazer, que mete os interesses partidários sempre à frente dos interesses do país.

  2. Este homem é honesto e possui verdadeiro sentido de estado, o PSD não o merece.
    Com pessoas deste calibre, seríamos um país a sério.

  3. até agora está para aparecer o caso, pelo menos que me recorde, onde passar algo para a alçada do Estado melhora o que quer que seja.

    mais do mesmo, realmente estão bem uns para os outros.

    o colectivismo habitual a engordar o Estado qd este deveria estar era a emagrecer.

  4. A postura do Rio (não do PSD, em geral) é “uma postura de colaboração e não uma postura de combate político”.
    Por ser razoável e dialogante, quando o interesse nacional está em causa, é que os fundamentalistas do PSD não gostam dele.

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