Os dirigentes do instituto que gere a plataforma informática Citius deverão ser exonerados na sequência dos problemas detetados no sistema no arranque no novo mapa judiciário.
O Diário de Notícias descreve que o presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, Rui Pereira, e o vogal do instituto responsável pela área informática do Citius, Carlos Brito, terão sido chamados na segunda-feira ao Ministério da Justiça para uma reunião com a tutela, onde lhes terá sido pedido para se demitirem.
De acordo com a publicação, os dois responsáveis recusaram pedir demissão, devendo agora ser exonerados.
A plataforma de gestão processual Citius bloqueou no arranque da nova reorganização judiciária, a 1 de setembro, impedindo a sua utilização pelos tribunais e advogados, só ficando operacional em finais de outubro.
O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais considera que a demissão dos responsáveis pela plataforma informática Citius, que colapsou no em setembro com a aplicação do novo mapa judiciário, não resolve os problemas da justiça.
“O problema da reforma do mapa judiciário e do atual funcionamento do sistema de justiça não se resolve com a demissão destas pessoas. Compreendo a demissão, os erros que foram cometidos podem justificá-la do ponto vista político e técnico, mas não resolve”, disse Fernando Jorge reagindo à notícia que dá conta que os responsáveis pelo instituto que gere o Citius foram convidados a demitir-se pelo ministério.
Segundo Fernando Jorge, a demissão dos responsáveis sugere a necessidade de se “de atirar as culpas para alguém”, sugerindo que tal é feito desde que se “indiciaram os dois funcionários como sendo os sabotadores do sistema”.
O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciários considera que houve “muita incompetência e irresponsabilidade” na implementação do mapa judiciário, sendo que os problemas com o Citius tiveram o efeito de “tapar as outras insuficiências” na justiça portuguesa.
“A reforma foi toda mal feita. Acho que é necessário – a ministra já o fez mas devia fazer novamente, assim como o próprio Governo – assumir as responsabilidades pelo fracasso da reforma, pela precipitação, incompetência, incapacidade e falta de planeamento, sendo o Citius foi apenas um aspeto”, sublinhou.
Como exemplos de falta de planeamento e capacidade, Fernando Jorge aponta uma portaria do Ministério da Justiça anterior a setembro do ano passado, na qual era referida a necessidade de existência de 7.500 funcionários para instalar a nova reforma, quando na altura só estavam no ativo cerca de 6.400.
Fernando Jorge adiantou ainda ser necessário saber se os responsáveis do Citius deram a garantia à ministra da Justiça de que a plataforma estava apta a funcionar a partir de 1 de setembro ou se foi o Governo que forçou a sua aplicação nessa data.
ZAP // Lusa
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Não tarda muito estão a acusar os pais e irmãos, tal é a necessidade de limpar a imagem e fazerem-se passar por competentes perante este povo que não deve esquecer este periodo terrorista a que esteve sujeito, e não me venham com a troika, porque as decisões tomadas ultrapassam em muito as exigencias feitas, pensemos só quantas decadas teremos que recuar para termos pessoas a morrer nas urgencias aguardando atendimento