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Rendeiro patrocina exposição de arte (mas ainda deve 1 milhão de euros de multa)

Tiago Petinga / Lusa

O ex-Presidente do BPP, João Rendeiro

O ex-Presidente do BPP, João Rendeiro

O ex-banqueiro João Rendeiro é apontado como um dos principais patrocinadores de uma exposição de arte em Nova Iorque, numa altura em que deve cerca de um milhão de euros de uma multa, aplicada por actos danosos na gestão do Banco Privado Português (BPP).

O jornal Expresso noticia que, “apesar de o BPP ter falido e o ex-banqueiro estar com processos judiciais a decorrer e coimas por pagar“, “foi recentemente patrocinador de uma importante exposição em Nova Iorque”.

Apontando o facto de Rendeiro ser “um amante de arte”, o semanário apurou que o fundador do BPP apoiou financeiramente a exposição “Anri Sala: Answer Me” que esteve em exibição no New Museum, em Manhattan, até ao passado dia 4 de Outubro.

O jornal cita a apresentação da exposição e nota que Rendeiro e a mulher são apontados como patrocinadores de grande relevo.

Anri Sala, o artista plástico albanês que assina as obras da exposição, participou, em 2007, numa exposição colectiva na Fundação Elite, criada por Rendeiro, conforme nota o Expresso.

O acervo de 400 obras da Fundação encontra-se actualmente, penhorado, de acordo com a mesma fonte.

A semana passada foi notícia que o Ministério Público vai avançar com a instauração de acções executivas para cobrança coerciva das multas, da ordem dos 2,1 milhões de euros, aplicadas há um ano pelo Tribunal da Concorrência a três ex-administradores do BPP, entre os quais João Rendeiro.

O prazo para pagamento das multas expirou à meia-noite do passado dia 12 de Outubro e para pagamento das custas à meia-noite de dia 18, sendo que João Rendeiro apenas pagou as custas, faltando-lhe pagar uma coima de um milhão de euros.

Esta multa foi aplicada ao ex-banqueiro em Outubro de 2015, quando o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém, confirmou a contraordenação aplicada em Dezembro de 2014 pela Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) a João Rendeiro.

ZAP

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