Boris Johnson anunciou hoje o plano de protecção do Reino Unido para o Outono e Inverno, que inclui medidas que vão entrar já em vigor e que prevê o regresso da máscara e a exigência de certificados de vacinação se os casos subirem.
O Ministro da Saúde britânico anunciou esta terça-feira que o Reino Unido vai administrar doses de reforço aos cidadãos mais vulneráveis, como parte do plano de inverno. Sajid Javid explica que a terceira dose deve ser tomada seis meses depois da segunda.
A decisão surge depois do Comité Conjunto de Vacinação e Imunização ter aconselhado dar doses de reforço aos grupos de risco. “Tal como muitas outras vacinas, há evidências que a protecção oferecida pela vacina da covid-19 reduz ao longo do tempo, nomeadamente em pessoas de idade que estão em maior risco”, justificou o Ministro.
O Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico vai já começar a administrar as doses de reforço a partir da próxima semana a profissionais de saúde, assistentes sociais, pessoas acima dos 50 anos ou jovens com problemas de saúde. “Este programa vai proteger os mais vulneráveis nos meses de inverno e fortalecer a nossa linha de defesa”, remata Javid.
Boris Johnson anunciou também o plano de inverno para o combate a pandemia, que se divide no plano A, criado para proteger o NHS da sobrecarga e promove a vacinação e os testes, e no plano B, que entrará em vigor caso o sistema de saúde esteja sob muita pressão, escreve a BBC.
O plano A inclui o apelo à vacinação, a oferta de uma única dose da vacina da Pfizer aos jovens entre 12 e 15 anos e a terceira dose para os mais vulneráveis. Aqueles que testam positivo têm de se manter em quarentena durante 10 dias e mesmo aplica-se aos adultos que não tenham sido vacinados e tenham tido contacto com um caso positivo.
As restrições às viagens vão continuar, com a exigência do teste antes de se entrar no Reino Unido e com critérios variados para a quarentena obrigatória num hotel dependendo do nível de risco do país de origem do viajante. O NHS vai receber uma injecção de 5.4 mil milhões de libras, cerca de 6.3 mil milhões de euros, avança o The Guardian.
Já o plano B abre a possibilidade de se exigirem certificados de vacinação para a entrada em discotecas e eventos em espaços fechados com 500 ou mais pessoas ou em espaços abertos com 4000 ou mais pessoas, se os casos aumentarem.
Desde 19 de Julho, o chamado “Dia da Liberdade” em que o país acabou com todas as restrições, que o teletrabalho foi deixado ao critério dos empregadores, mas o governo voltou a recomendar que se recorra ao trabalho à distância quando é possível.
Caso o plano B seja implementado, as máscaras podem também voltar em certos contextos, como transportes públicos ou em lojas. De momento, não há qualquer obrigatoriedade do uso de máscara no Reino Unido, à excepção de nos transportes públicos em Londres, por decisão do presidente da Câmara.
Toda a gente quer acreditar que o vírus foi derrotado mas a realidade insiste em ser desmancha prazeres.