Imperou a lógica. Quando o Dortmund começou a criar lances após lances de perigo no primeiro tempo e a falhá-los, instalou-se a sensação de que a vitória já não fugiria ao Real, mesmo que este tenha chegado ao intervalo com apenas dois remates e nenhum enquadrado.
A mentalidade madridista nestas andanças dita leis e, no segundo tempo, Carvajal e Vini Jr. trataram de impor a “ordem natural” das coisas. Foi o 15º título europeu dos “merengues”.
Quem esperava um amasso inicial do Real Madrid, enganou-se. O Dortmund, sem pressa e a lançar ataques fulminantes no último terço, com passes nos momentos certos, teve inúmeras ocasiões para marcar.
Primeiro, aos 21 minutos, Mats Hummels isolou Karim Adeyemi com um passe fantástico, mas o jovem atacante deslumbrou-se perante Courtois, fintou o belga e perdeu ângulo.
Adeyemi voltou a estar perto do golo dois minutos volvidos, num lance confuso, e logo a seguir foi Niclas Füllkrug, também isolado, a rematar ao poste. Adeyemi voltou a estar em evidência aos 28 minutos, para grande defesa de Courtois.
A partir daqui o jogo mudou um pouco. Os espanhóis não criaram perigo, mas estancaram o fluxo das transições alemãs, controlando melhor os acontecimentos.
Muita posse, mais cautelas e menos emoção e, ao intervalo, números ofensivos a penderem para o lado do BVB. E o melhor nesta fase era o lateral-esquerdo dos germânicos, o neerlandês Ian Maatsen, com um GoalPoint Rating de 6.9, fruto de uma ocasião flagrante criada, um passe de ruptura, três desarmes e duas acções defensivas no meio-campo contrário.
O primeiro remate enquadrado do Real surgiu apenas aos 49 minutos, num remate de Toni Kroos para grande defesa de Gregor Kobel.
O segundo tempo foi bem mais repartido em termos de ocasiões, com as duas equipas a criarem perigo, com Carvajal, Füllkrug e Bellingham a desperdiçarem situações.
Carvajal já havia ameaçado várias vezes, incluindo de cabeça, e o lateral marcou mesmo aos 74 minutos. Canto da esquerda e, ao primeiro poste, o espanhol desviou para o 1-0, e aos 77 foi Bellingham a atirar rente ao poste.
Estava aberta a “torneira”. O Dortmund desorganizou-se, a pressão alta do Real fez estragos e, aos 83 minutos, Bellingham serviu Vinícius Júnior e este, isolado, não perdoou.
Estava garantido o 15º título europeu para os “blancos” e nem o golo de Füllkrug, anulado por fora-de-jogo, mudou o caminhar do jogo.
Melhor em Campo
Que exibição de Toni Kroos na despedida do Real Madrid. O alemão já anunciou o final da carreira após o EURO 2024 e o adeus aos “merengues” não poderia ser melhor, com a conquista da sua sexta Champions e com uma exibição de melhor em campo.
Kroos registou um GoalPoint Rating de 7.8 com números incríveis: dois remates enquadrados em dois, uma assistência, quatro passes para finalização, somente três passes falhados em 92, o máximo (de longe) de acções com bola (108) e de recuperações de posse (5).
Resumo
// GoalPoint
Com o campo inclinado e com os árbitros sempre a favorecer, torna-se tudo muito mais fácil….vergonha