Uma rara cobra com duas cabeças e dois cérebros independentes foi resgatada no estado norte-americano da Florida por uma equipa de especialistas do organização Florida Fish and Wildlife Conservation Commission.
Na rede social Facebook, a organização, que se dedica à vida selvagem, explicou que o raro espécime são, na verdade, dois gémeos monozigóticos – os chamados gémeos idênticos – que não se separaram totalmente à medida que o embrião se desenvolveu.
Eclodiu assim um animal bicéfalo, com duas cabeças separadas e completas, com cérebros independentes, bem como línguas e dentes.
“Uma rara corredora-negra [Coluber constrictor priapus] do sul com duas cabeças foi encontrada recentemente numa residência em Palm Harbor (…) As duas cabeças movimentam as respetivas línguas e reagem ao movimento, mas nem sempre da mesma forma”, pode ler-se no post partilhado na semana passada.
Tendo em conta a autonomia dos dois cérebros na tomada de decisão, o espécime terá de ficar em cativeiro pela sua própria segurança. “É improvável que as cobras de duas cabeças sobrevivam na natureza, pois os dois cérebros independentes tomam decisões diferentes que inibem a capacidade de se alimentar ou de escapar de predadores“.
“A cobra está a ser cuidada e monitorizada pela equipa da FWC”, acrescenta o instituto.
A bicefalia é uma patologia mais recorrente em répteis, uma vez que estes animais têm um grande número de descendentes, aumentando a probabilidade deste tipo de malformações ocorrer, tal como explica o portal de Ciência IFL Science.
O facto de estes animais deixarem os seus ovos expostos ao seu ambiente natural, onde existem muitos fatores, como temperatura ou a humidade, pode também contribuir para uma maior ocorrência desta condição. Por norma, uma das cabeças é dominante.