Barbados anunciou a intenção de destituir a rainha Isabel II de Inglaterra e quer tornar-se uma república até novembro de 2021. A data coincide com o 55.º aniversário da independência.
Isabel II é a mais antiga monarca de Inglaterra, e atualmente é a soberana de 16 estados. A poderosa rainha que o mundo conhece como “rainha de Inglaterra” pode em breve perder um dos seus tronos. Barbados, um pequeno país insular nas Caraíbas, anunciou esta terça-feira que pretende escolher um chefe de Estado próprio até novembro de 2021, diz o The Guardian.
O anúncio foi feito num discurso escrito pela primeira-ministra Mia Mottley, onde esta referiu que “chegou o tempo de deixarmos para trás o nosso passado colonial. Os barbadianos querem um chefe de Estado barbadiano”. Tornar a ilha numa república é
“a declaração final de confiança em quem somos e no que somos capazes de alcançar”, afirmou Mottley
Apesar do país ter conquistado a sua independência da Grã-Bretanha em 1966, a Rainha continuou a ser a monarca constitucional e a chefe de estado. Agora os planos passam por “dar o próximo passo em direção à soberania e tornar o país numa república ao mesmo tempo que celebramos o nosso 55º aniversário de independência”.
A maioria dos países das Caraíbas manteve vínculos formais com a monarquia após conquistar a sua independência. Se avançar com este plano, Barbados vai juntar-se a Trinidad e Tobago, Dominica e Guiana. A Jamaica também mostrou vontade de mudança, com o primeiro-ministro Andrew Holness a assumir que é uma prioridade para o seu governo e pondera fazê-lo a curto prazo, através de um referendo.
Isabel II reina desde 1952 no Reino Unido, e ainda em Antígua e Barbuda, Austrália, Baamas, Barbados, Belize, Canadá, Grenada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, São Cristóvão e Nevis, Santa Lícia, São Vicente e Granadinas, ilhas Salomão e Tuvalu.
As monarquias são um arcaismo sem sentido nos dias de hoje. Se alguém quiser discordar que me explique aqui porquê e de onde vem a legitimidade do poder (nalguns casos históricos, absoluto) passar de pais para filhos como quem herda um terreno. Qual a legitimidade de alguém dizer “eu é que mando em vocês todos até morrer porque já o meu pai mandava, queiram vocês ou não”?
O problema é que quando o Estado passa de monarquia constitucional para república, muitas das vezes passa-se de cavalo para burro. Em Portugal tivemos monarquia constitucional de 1834 a 1910, com governos eleitos democraticamente, e a partir da implantação da república em 1910, tivemos a maior bagunça pseudo-democrática, com golpes e contragolpes e anarquia económica, que desembocou, a partir de 1926 em 48 anos de governo anacrónico, ditatorial e absolutista. Se os “espertos” dos republicanos não tivessem matado o rei e o príncipe herdeiro em 1908, deixando no trono um rei inexperiente e incapaz, o nosso país provavelmente estaria bem melhor do que actualmente…
Um rei constitucional atual é um poder simbólico, que representa a história de um país e a sua continuidade. Não tem nem pode ter poder político e não se deve meter na política e é uma prevenção de que haja um tirano republicano (mas anti-republicano) num regime presidencial. Rege o princípio constitucional: “The King can do no arm”.
Leia-se o republicano Trindade Coelho no seu “Manuel Politico do Cidadão Portuguez” de 1909, em que o mesmo defende que a construção da República não depende do chefe de estado hereditário, dando como exemplo que, a seu ver, a Inglaterra era mais republica do que a França.
Preocupem-se com a governação de deixem-se de mentalidades vingativas do século XVIII, de criação de homens novos, de mentalidade muita velha.
Velha de tempos medievais é monarquia!!
Estamos em 2020 e, por exemplo, andam os espanhóis pagar milhões para ter um rei corrupto a viver à grande “escondido” nos Emirados!…
Passam a ser as Repúblicas das Bananas.
A monarca espanhol sai mais barato que a predidência da República portuguesa. Ainda não sei provou que o ex-rei de Espanha é corrupto. Foi o heroi da Democracia espanhola. Se teve influència para a industria espanhola construir uma linha de comboio de alta velocidade na Arábia, representando centenas de milhões de euros de trabalho, foi positivo para o emprego e para a economia espanhola.
O atual rei é um exemplo de civismo, de honestidade e um simbolo de unidade histórica de Espanha, aliando tradição e modernidade.