Radares rendem 360 mil euros em multas em apenas 24 horas

A entrada em vigor de 37 novos radares ajudou a que mais de seis mil condutores fossem apanhados em excesso de velocidade no dia 1 de setembro. No minímo, o Estado arrecadará 360 mil euros em multas.

No dia 1 de setembro, as autoridades portuguesas registaram um número alarmante de infrações por excesso de velocidade. Neste único dia, seis mil condutores foram apanhados a violar os limites de velocidade, em parte devido à entrada em funcionamento de 37 novos radares, que aumentaram o total de dispositivos sob a gestão da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) aumentou para 98.

Se cada condutor for penalizado com a coima mais baixa de 60 euros — aplicável a quem exceda a velocidade permitida em 20 km/h —, o Estado arrecadará, no mínimo, 360 mil euros, explica o Correio da Manhã.

Os novos radares foram estrategicamente colocados em zonas onde têm ocorrido acidentes mortais e onde o excesso de velocidade foi identificado como uma das principais causas. Doze destes novos dispositivos têm a capacidade de medir a velocidade média dos veículos, uma funcionalidade que aumenta a eficácia na deteção de infrações e impede que os condutores travem e acelerem de novo quando passam por um radar.

Antes desta atualização, o Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (Sincro) contava com 61 Locais de Controlo de Velocidade. A meta é duplicar este número para 123 radares, faltando ainda 25 que serão instalados em breve. É importante notar que os 41 radares que operam em Lisboa não fazem parte da rede Sincro.

Dos radares já existentes, cinco destacam-se por terem registado o maior número de infrações — na EN125 (Faro), na A1 (Coimbra), na A4 (Matosinhos), na A29 (Vila Nova de Gaia) e na A23 (Vila Nova da Barquinha).

Juntos, estes radares são responsáveis por cerca de um terço do total de infrações registadas no sistema Sincro, que já ultrapassou os 2,4 milhões de euros em multas.