/

Há uma estranha relação entre o racismo e a negação das alterações climáticas

9

B. Bannon / UNHCR

Os motivos que estão por trás da negação das alterações climáticas parecem ser ainda mais complexos do que pensávamos. Um estudo concluiu que há uma ligação entre atitudes racistas e o ceticismo no que toca à mudança climática.

Um novo estudo examinou atitudes em relação às alterações climáticas durante a presidência de Barack Obama, nos Estados Unidos, e descobriu que os americanos brancos ficaram significativamente menos preocupados com as mudanças climatéricas durante a presidência.

Além disso, mostrou também que as atitudes racistas dos brancos poderiam estar a ajudar a alimentar o ceticismo em relação às alterações climáticas.

A mudança do clima é um problema real, atual, sobre o qual é preciso alertar, mas também um problema que parece ser ignorado por alguns.”Não estou a afirmar que a raça é o componente mais importante para explicar as atitudes ambientais, mas é algo significativo com que devemos estar preocupados”, disse o cientista político Salil Benegal, da Universidade DePauw.

Para chegar a esta conclusão, o cientista analisou até que ponto as atitudes racistas podem estar associadas ao ceticismo em relação às alterações climáticas. Para isso, Benegal estudou as tendências de opinião pública durante a presidência de Obama.

Barack Obama foi o primeiro Presidente negro e dedicou-se muito às causas ambientais, tornando-se num defensor nato. A equipa de cientistas queria, com base neste facto, estudar até que ponto o atual debate sobre o tema poderia ter sido influenciado pelo Presidente norte-americano.

No entanto, Benegal apercebeu-se de que, num período em que os problemas climáticos ganharam destaque nos Estados Unidos, o interesse sobre este tema diminuiu por parte de 18% da população apontada como racista.

Apesar de o raciocínio por trás desta divergência racial permaneça hipotético, Benegal sugere que é possível que os eleitores caucasianos com elevado nível de racismo tenham associado Obama às alterações climáticas e, consequentemente, ao poder político.

Estas conclusões basearam-se nas respostas a inquéritos desde os anos 60, recolhidos pela American National Election Studies (ANES). Estes inquéritos permitiram comparar as mudanças de opinião aquando do novo presidente.

Assim, os dados da ANES mostraram que, à medida que aumenta o ressentimento racial entre os eleitores caucasianos republicanos, é mais provável que discordem de que as alterações climáticas estejam mesmo a acontecer ou que sejam consequentes da atividade humana.

Na opinião do cientista, estes dois fatores são evidências de “transbordamento racial” – a identidade racial e a preocupação com as alterações climáticas relacionaram-se de alguma forma ao longo de uma presidência de dois mandatos.

9 Comments

  1. É assim tão surpreendente ser mais provável que quem tem um pensamento retrógrado e anti-científico tenha também outros, em comparação com pessoas escolhidas aleatoriamente?

    • concordo consigo, quando se é obtuso o pacote vem todo junto, racismo, homofobia, xenofobia, sexismo, alterações climáticas, fundamentalismo religioso and so on …

  2. Existe outra estranha relação, A do aumento de criminalidade com o aumento % população Afro em qualquer cidade do mundo.

    E visto que agora alega-se que ter muitos filhos é extremamente prejudicial para o clima, Porque não começar por educar o continente que mais filhos faz? e depois os exporta para Países desenvolvidos.

    Seria um 2 em 1, menos criminalidade e menos stress no ambiente

  3. Sim porque o fracking aprovado pelo Obama para extrair gás é limpissimo. A ZAP mais uma vez a prestar-se ao servico de traduzir artigos de extrema esquerda, que passam o tempo a dizer que qualquer um que seja de direita é racista

  4. a estranha relaçao ! a extrema direita ignorante e retrogada pensa assim ,como todas as extremas ,aproveitam-se e ganham adeptos nas camadas mais incultas da populaçao

  5. Este é o artigo mais absurdo que li nas ultimas semanas. Isto não é ciência, isto é propaganda.
    Então o que dizer dos cientistas que andam há anos a tentar demonstrar a mentira do suposto aquecimento global, ainda o Obama era um menino?

    Quando é que se vai entender de uma vez por todas que o aquecimento global é um mito engendrado por magnatas globalistas que, em nome de um perigo global, pretendem atacar soberanias e economias através de leis globais que manipulam as decisões políticas à escala mundial, sob o pretexto de soluções globais para perigos globais.

    A farsa ambientalista no geral e o aquecimento global em particular são um mito.
    Aos palermas que criaram, aos palermas que divulgaram e aos palermas que apaludiram este artigo e aos palermas que ainda acreditam na farsa ambientalista, sugere-se a leitura atenta do livro “O Império Ecológico” de Pascal Bernardin. Acordem.

    As notícias Zap estão claramente ao serviço da monstruosidade e da distopia. Malditos.

    #cartadaterra #clubedeRoma #OImpérioEcológico #PascalBernardin

  6. Cada vez há mais parvos que insistem em associar automaticamente toda e qualquer postura que negue o aquecimento global antrópico com uma postura de direita, ou de extrema-direita, ou de alt-right, ou de retrógrados, ou de conservadores, ou fascistas, ou da agulha que os cosa. E ainda ficam piores quando comem estes “estudos” forjados nos gabinetes de engenharia social do globalismo internacional como verdades inquestionáveis. Quanta falta de preparo intelectual a desta gente, meu Deus. Nada para admirar num país que só consegue ter orgasmos e epifanias diante dos futebois. Esta cambada de jornalistazecos por trás desta imprensa falsa e suja que a Zap representa devia estar presa. E para finalizar, confesso que adorava ver aqui uma criatura tipo Rui, tipo MF, tipo Miguel ou tipo PED a tentar rebater o que afirmei no comentário anterior. Tenham dó.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.