Elon Musk,
o controverso bilionário sul-africano, nasceu em 1971, em Pretória. Autodidata e ávido leitor, aos 11 anos já programava computadores. Fez nessa altura o seu primeiro negócio: criou um jogo de vídeo, que vendeu por 500 dólares.
Com 17 anos, foi para o Canadá estudar Engenharia. Transferiu-se para os Estados Unidos, onde obteve uma licenciatura em Física e um mestrado em Economia.
Aos 24, deixou o doutoramento para se dedicar à carreira de empreendedor. A sua ideia talvez fosse já a de salvar a humanidade da extinção, influenciado pelas leituras do escritor Isaac Asimov, “pai” das 3 Leis da Robótica.
Musk abriu em 2002 a sua primeira empresa, a Zip2. Vendeu-a à Compaq cinco anos mais tarde por 340 milhões de dólares, que usou para fundar o primeiro banco online do mundo. Este deu origem ao famoso PayPal, que vendeu ao eBay por 1.5 mil milhões de dólares.
Podia ter parado por aí, mas, para Musk, nem o céu era o limite. Fascinado pelo espaço, fundou a SpaceX, pioneira das aeroespaciais de capital totalmente privado. Os objetivos são claros: reduzir os custos das viagens espaciais e colonizar Marte.
O visionário sonhou também um dia criar um super-carro elétrico com uma autonomia de 400 km, e dez anos mais tarde o Mundo viu nascer o Tesla Roadster, desenvolvido pela Tesla Motors – talvez a mais icónica das suas empresas.
Elon Musk sonha também com cidades inteiras alimentadas a energia solar. Em 2006, ajudou a fundar a SolarCity, que reinventou o negócio dos painéis solares — e que se juntou à Tesla para criar a PowerWall, a superbateria que armazena energia para toda a sua casa e o seu carro.
Em 2013, Musk criou e deu ao mundo a patente do revolucionário Hyperloop, um novo meio de transporte auto-suficiente, de alta velocidade, que nunca tem acidentes, e que, faça chuva ou faça sol, sai da estação exatamente à hora a que chegamos para o apanhar.
Além das empresas mais conhecidas, Elon Musk está também apostado em resolver os problemas de trânsito nas grandes cidades, através da The Boring Company, uma empresa que também produz lança-chamas para o grande público, na eventualidade de um apocalipse zoombie atingir a terra.
Como todos os visionários, não foge à polémica. Entre tweets que irritam Wall Street, disputas pela liderança das empresas, casos de homofobia, discriminação racial, assédio sexual e moral, ou controversos submarinos para salvar crianças presas numa gruta, Elon Musk segue imparável no seu percurso.
Recentemente, foi responsável por uma das quedas mais abruptas da moeda digital bitcoin, tudo por causa de — imagine-se — dois tweets. No primeiro, anunciou que a Tesla iria aceitar bitcoins como forma de pagamento para, logo de seguida, voltar atrás na sua palavra.
Ninguém diria que o miúdo que sofreu bullying na infância se viria a tornar a 21.ª pessoa mais poderosa do mundo.
Segundo a revista Forbes, com uma fortuna de 22.3 mil milhões de dólares, Musk era em 2006 a 36.ª pessoa mais rica do planeta. E, em dezembro de 2021, foi nomeado “Personalidade do Ano” pela revista Time.
Filantropo, patriota, meio democrata, meio republicano, Musk não crê em Deus, nem na relação entre ciência e religião. Embora acredite na existência de vida simples noutros planetas, duvida que haja vida inteligente no universo conhecido.
Não se sabe qual será a próxima cruzada do visionário de 50 anos — apenas que será mais um passo na incessante missão de baixar a probabilidade de voltarmos um dia à idade das trevas, que há algumas décadas Azimov profetizou.