Quem é Abdul Bashir? O atacante do centro ismaelita que recebeu uma chamada misteriosa

4

(cv)

Abdul Bashir, afegão que atacou o Centro Ismaelita em Lisboa.

Não gostava de viver em Portugal, tentou mudar-se para a Alemanha, mas foi rejeitado. Recebeu um telefonema suspeito antes de dar início ao ataque.

Chama-se Abdul Bashir, é viúvo, natural do Afeganistão e está refugiado em Portugal desde 2021. O homem terá 28 anos e foi o responsável pelo ataque ao Centro Ismaelita, na Avenida Lusíada, em Lisboa, que matou duas mulheres e feriu gravemente um professor.

O agressor foi atingido a tiro na perna pelas autoridades, sendo de seguida manietado e transportado para o hospital, onde foi operado.

Bashir vive no centro de Odivelas, no sétimo andar de um prédio, com os três filhos menores, de quatro, sete e nove anos de idade, adianta o Correio da Manhã. Já esteve refugiado em Lesbos, na Grécia, onde perdeu a mulher, que morreu durante um incêndio.

O episódio é descrito num vídeo enviado para a associação RED SOS – Refugiados Europa, no qual o afegão pede ajuda e diz viver “em condições muito difíceis”.

O atacante estava em Portugal com documento de proteção e asilo, com validade até 13 de dezembro de 2026.

Engenheiro de telecomunicações de profissão, Bashir estava a ter aulas de português no Centro Ismaelita de Lisboa e também recebia apoio alimentar da instituição.

Foi precisamente dentro de uma sala de aula, onde estava a assistir a uma aula de Português, que a agressão começou. O homem começou por atacar o professor, mas outras pessoas ao aperceberem-se do que se estava a passar, conseguiram travar o esfaqueamento. Bashir passou depois para a área social do centro, tendo atacado duas funcionárias, que acabaram por morrer, descreve o Público.

O telefonema suspeito

Rondava as 11h quando o homem recebeu um telefonema, pouco antes de dar o início à agressão com uma faca. O Jornal de Notícias escreve que o telefonema deixou Bashir nervoso.

A segunda mulher tentou socorrer a colega, mas também foi mortalmente esfaqueada. As duas funcionárias morreram no local.

A PSP tentou travar o atacante, ordenando que largasse a faca. No entanto, Bashir tentou agredir os agentes, que se viram obrigados a disparar contra ele. O ferimento ligeiro na perna foi suficiente para conseguir detê-lo.

O afegão não gostava da vida em Portugal e, assim que chegou ao país, tentou mudar-se para a Alemanha, mas foi rejeitado. Isto porque tinha sido em território português que obtivera o estatuto de refugiado, explica o JN.

“Nos grupos de chat dos alunos, ele não queria participar nos trabalhos de grupo e ainda esta segunda feira insultou colegas. Não queria estar em Portugal, nem gostava de ter estas aulas, que são obrigatórias para os refugiados”, conta ao jornal o irmão de uma jovem afegã que estava a ter aulas de português com o atacante.

Bashir chegou a receber apoio psicológico, mas não representaria um perigo, nunca tendo sido sinalizado pelas autoridades.

Segundo o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, o suspeito era um cidadão com uma vida “bastante tranquila” e “não tinha qualquer sinalização que justificasse cuidados de segurança”.

Um conhecido de Bashir disse ao Expresso que o homem “assistiu a muita coisa má” nos tempos em que se encontrava com a família em Lesbos.

À TSF, Faranaz Keshavjee, psicóloga especialista em trauma e familiar de uma das duas vítimas mortais do ataque, diz que há imigrantes a chegar a Portugal com “problemas de saúde mental gravíssimos” e que Portugal não está “imune” a que se repitam ataques como este.

Daniel Costa, ZAP //

4 Comments

  1. Agora qualquer pessoa alega problemas psíquicos e pode andar para a matar! Deviam matar legisladores e/ou seus familiares, a ver se mudam de uma vez as leis, quer para permitir que os polícias possam matar estes delinquentes, quer os legisladores acabem de uma vez com os “direitos humanos” dos criminosos, que nas cadeias têm melhores condições que na maior parte deles têm nas casas deles. Se estão presos, é porque cometeram algum CRIME, logo têm de ter um castigo não um prémio, e não por terem feito boas ações.

  2. Se não gostava de Portugal então deveria ter sido recambiado para o país de origem.
    Este tipo de imigração não interessa a Portugal, à Alemanha ou a qualquer outro país europeu.

    • Não diga isso ou ainda o chamam de xenófobo. Neste país é preciso bater em cheio contra uma parede para abrirem os olhos, foi o que aconteceu na França e na Alemanha, na Suécia que foi exemplo durante décadas na integração de imigrantes de países fanatizados hoje arrependem-se profundamente. Hoje os países ricos não querem esta gente mas não ousam dizê-lo deixando os países periféricos com pessoas frustradas que queriam atingir o eldorado.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.