Foi uma viagem em vão que acabou em tragédia. Mas o que aconteceu, afinal, ao helicóptero que caiu na sexta-feira no rio Douro, em Lamego, e que não chegou a participar no incêndio para o qual foi chamado?
O helicóptero começou, neste sábado, a ser removido da água pelas 10 horas da manhã, enquanto prosseguem as buscas pelo militar da GNR que continua desaparecido.
A retirada da aeronave do fundo do rio vai permitir verificar se o militar desaparecido poderá estar preso na fuselagem do helicóptero, explicou o comandante regional da Polícia Marítima do Norte, Rui Silva Lampreia, que comanda as operações no terreno.
“A aeronave partiu-se em duas partes”, revelou ainda o comandante à RTP1, notando que duas das vítimas mortais foram encontradas “junto à cauda da aeronave”. Outros dois corpos foram encontrados nas imediações do helicóptero.
Quem são as vítimas da queda do helicóptero?
Já foram encontrados os corpos de quatro ocupantes da aeronave, faltando apenas encontrar o paradeiro de Tiago Pereira, de 29 anos.
As quatro vítimas mortais já confirmadas são Pedro Santos, de 45 anos e com dois filhos, António Pinto, de 36 anos e com um filho, Fábio Pereira, de 34 anos e com três filhos, e Daniel Pereira, de 35 anos e com dois filhos, conforme apurou o Diário de Notícias (DN).
São naturais de Lamego, Moimenta da Beira e Castro Daire, no distrito de Viseu.
Em memórias das vítimas, foi decretado dia de luto nacional para este sábado.
O piloto, o único sobrevivente do acidente, é Luís Rebelo, de 44 anos, que foi operado no hospital de Vila Real, de onde é natural. A sua situação é “estável”.
Helicóptero não chegou a combater fogo para o qual foi chamado
O helicóptero de combate a incêndios florestais transportava um piloto e uma equipa de cinco militares da Unidade de Emergência de Protecção e Socorro (UEPC) que regressavam de um fogo no concelho de Baião.
Mas, na verdade, a aeronave não chegou a participar no combate ao incêndio. Quando lá chegou, o fogo já estava controlado e, portanto, deu meia volta, após uma viagem desnecessária.
Quanto ao que aconteceu antes do acidente, só o piloto poderá revelar.
A retirada do helicóptero do rio está a ser feita com a ajuda de uma embarcação com grua.
Na zona onde se deu o acidente, em Samodães, concelho de Lamego, distrito de Viseu, encontram-se vários botes de diferentes forças, desde a Marinha, Protecção Civil, bombeiros e da Administração dos Portos do Douro Leixões e Viana do Castelo (APDL).
O que aconteceu ao helicóptero?
O acidente terá ocorrido quando o piloto tentou amarar no rio Douro. Acredita-se que isso pode ter ocorrido devido a alguma falha técnica.
Mas só o testemunho do piloto poderá ajudar a esclarecer o que aconteceu, pelo que o seu depoimento é “imprescindível para o esclarecimento do sucedido”, como nota ao Expresso uma fonte do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIIAAF).
“O piloto, que tem uma perna partida, será ouvido o mais rapidamente possível“, adianta ainda a mesma fonte.
O Expresso apurou que Luís Rebelo é um piloto “experiente e capacitado” e que “cumpria os requisitos da Autoridade Nacional de Aviação Civil, com revalidação anual”, o que inclui “uma boa formação em segurança sobre a utilização dos meios aéreos no combate aos incêndios florestais e as relações pilotos e brigadas”.
O acidente está, agora, a ser investigado pelo GPIIAAF e as pistas encontradas indicam que o helicóptero pode ter “tocado nos cabos de Alta Tensão que atravessam o Douro”, o que terá forçado a alegada tentativa de amarar, como refere ao Expresso um inspector do GIAAAF.
Na zona onde a aeronave caiu, há “diversos cabos que estão localizados no cone de saída do helicóptero e essa é a principal hipótese em estudo”, explica a mesma fonte.
Mas o GPIIAAF vai também analisar “o treino dos militares do Grupo de Socorro da GNR”, nomeadamente para avaliar se incluíam “cenários de queda, amaragem e evacuação do helicóptero”, nota um inspector da entidade ao Expresso.
O piloto saiu do helicóptero antes de este ter submergido com os cinco militares da GNR no interior. O treino de pilotos “inclui simulações em piscina, para sair em caso de amaragem”, acrescenta o inspector do GPIIAAF.
ZAP // Lusa
Esperem, deixem me advinhar o que aconteceu….
Falta de manutenção para cortar custos!
Mais do mesmo na terra dos tugas… corruptos poupam uns trocos e uns rapazes pagam com o corpo! No final ninguem se vai responsabilizar!
Quantos aviões e helicópteros já caíram, quantos Bombeiros morreram em acções de Combate a Fogos, quantos GNR e PSP já morreram em acções de Policiamento ou “Missões de Paz” em Portugal ou no estrangeiro sem que o 1º Ministro, o Ministro da Defesa Nacional, o Almirante Camuflado Galvão e Melo, Comunicação Social, etc., etc.,, tivessem aparecido e muito menos fosse decretado Luto Nacional? Com tantos meios aéreos caídos normalmente com a morte de todos os ocupantes, neste caso até o piloto escapou, para já ser considerado O PIOR acidente aéreo só pode ter sido pela morte dos GNR que até eram SÓ passageiros sem qualquer acção de intervenção no ocorrido!!! LUTO NACIONAL COISA NENHUMA, FOI SÓ INTERESSE POLÍTICO/PARTIDÁRIO!!!
Carlos Dinis Varanda
Só o piloto usava capacete. Os outros ficaram com o cranio esmagado quando o helicóptero caiu a 200 Km/h. Cada capacete custa pouco mais de 100€ … o preço da vida dum GNR Bombeiro.