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Há quatro novos casos de Covid-19. Já são 25 em Portugal

José Sena Goulão / Lusa

A diretora Geral de Saúde, Graça Freitas (D), acompanhada pela ministra da Saúde, Marta Temido

Quatro novos casos de Covid-19 foram diagnosticados em Portugal, elevando para 25 o número total de casos no nosso país.

De acordo com a RTP, que avança a notícia este domingo, os infetados são três mulheres e um homem e estão todos internados no Hospital de São João, no Porto.

Os pacientes têm idades compreendidas entre os 40 e os 70 anos.

Os doentes terão sido infetados por um outro doente, também internado no mesmo hospital da região Norte, que visitou a Micam, a maior feira de calçado a nível mundial, que decorreu na cidade italiana de Milão.

Ao todo, há agora 25 infetados em Portugal.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.400 mortos e infetou mais de 101 mil pessoas em 92 países. Cerca de 59.000 pessoas já recuperaram.

Epidemia é “limitada”

A diretora-geral da Saúde disse, no sábado, em Lisboa que a epidemia do Covid-19 em Portugal “ainda é limitada”, mas não se sabe o que está por “trás da ponta do icebergue”.

Isto ainda está limitado, mas não quer dizer que não haja propagação na comunidade, por circulação proativa do vírus. Como podem ver, em poucos dias (…) houve uma expansão relativamente grande e rápida a partir de uma único caso importado”, afirmou Graça Freitas numa conferência de imprensa, em Lisboa, onde esteve ao lado da ministra da Saúde, Marta Temido.

A responsável da autoridade de saúde esclareceu que os casos que existem em Portugal “são obviamente de contágio” e explicou que houve uma pessoa regressada de Itália, que é considerada no foco da epidemia de Covid-19, na zona Norte, um caso central.

Aquela pessoa teve vários contactos sociais diferentes de pessoa para pessoa, e originou, logo à partida, nove casos secundários, ao transmitir-lhes diretamente o vírus, sendo que uma daquelas nove pessoas já originou um caso terciário, adiantou.

Por isso, “por precaução, e porque sabemos apenas a ponta do icebergue e não sabemos o que está por baixo desta ponta do icebergue, tomamos estas medidas anunciadas pela senhora ministra”, afirmou Graça Freitas.

UMinho suspende atividades em Gualtar

A Universidade do Minho decidiu suspender todas as atividades pedagógicas no campus de Gualtar, em Braga, após a confirmação de que um estudante está infetado com o novo coronavírus, responsável pela doença Covid-19.

Num despacho deste sábado, a Universidade do Minho (UMINHO) determinou a suspensão das “atividades pedagógicas no campus de Gualtar“, dos “eventos e atividades desportivas”, e o encerramento dos “serviços de bibliotecas e as unidades alimentares” no campus de Gualtar. Para além disso, é também suspensa “a realização de conferências, seminários, cerimónias e eventos de natureza similar” naquele local.

Já o edifício do Instituto de Ciências Sociais — Edifício 15 do campus de Gualtar — será mesmo encerrado. Estas são algumas das medidas anunciadas após a confirmação de um caso de Covid-19 na comunidade universitária deste campus.

No despacho, a instituição sublinha “a necessidade de a Universidade assumir uma posição que contribua ativamente para a prevenção e o controlo da COVID-19” para justificar as medidas, que incluem determinam ainda que “não são autorizadas, a partir de hoje [este sábado], deslocações em serviço;​ são suspensas as deslocações em serviço que tenham sido previamente autorizadas”.​​

Já os “professores, investigadores, trabalhadores técnicos, administrativos e de gestão e estudantes oriundos de países com casos confirmados de Covid-19 devem voluntariamente submeter-se a um período de quarentena, de 14 dias, após a sua chegada ao país”, diz o despacho, divulgado na página online daquela academia.​

Após a revisão em alta do número de infetados em Portugal com o novo coronavírus — SARS-CoV-2 —, responsável pela doença Covid-19 Marta Temido anunciou o encerramento de uma escola de Idães, em Felgueiras, do edifício do curso de História da Universidade do Minho, e dos edifícios do complexo onde funcionam o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Farmácia (FFUP), ambos da Universidade do Porto.

ZAP // Lusa

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