Outros dois ficaram gravemente feridos na sequência de um choque contra uma árvore que provocou um incêndio. Inexperiência do condutor de 18 anos, fraca iluminação e maus pisos das estradas podem ter contribuído para o acidente.
Seis jovens entre os 18 e 20 anos, naturais de Melgaço, seguiam no mesmo veículo na madrugada deste domingo quando se despistaram, após o condutor, de 18 anos, ter perdido controlo do carro numa curva devido ao excesso de velocidade em que seguia.
O veículo ligeiro despistou-se na Estrada Municipal 202, acabando por colidir com uma árvore, indicou fonte da GNR.
Outro jovem, que se deparou com o acidente, ainda conseguiu retirar as três jovens do veículo, enquanto outro popular apagava as chamas com um extintor, mas duas delas acabaram por morrer.
O condutor levava naquele momento as três amigas a casa, depois de as ir buscar a um café local. Segundo o Jornal de Notícias, os jovens faziam parte de um grupo de 25 a 30 jovens da zona de Melgaço, antigos colegas de escola, que costumavam encontrar-se no parque de campismo de Lamas de Mouro.
O alerta foi dado à 01:17 e no local chegaram a estar 24 operacionais apoiados por 10 veículos das forças de socorro, disse fonte do Comando Sub-regional do Alto Minho.
As vítimas mortais são duas raparigas e dois rapazes com idades “entre os 18 e os 19 anos”, indicou a fonte da GNR.
Estas mortes, desta maneira, e as marcas profundas que deixam nos sobreviventes, nas famílias, nos amigos, nos conhecidos, e, no fundo. no fundo, em toda a comunidade da zona, não nos deixam sequer espaço de lucidez mental suficiente para cairmos completamente na realidade. Há ainda demasiada gente em processo de incredulidade e de negação. Somos muitos mais do que os que o parecem, com um daqueles nós atravessados na garganta que não há meio de se irem desfazendo para algum lado. E vai levar muito tempo!!! Ah, se vai!…
Porém, neste enorme nevoeiro, há um lado ou uma extensão da realidade que não podemos permitir que alguém tape ou apague. Pois os relatos deste acidente podem estar a seguir o rumo de encobrimentos graves e de muita conveniência. Dado que é fácil, demasiado fácil, pôr as culpas todas em cima de quem morreu e não está cá para se defender. E de quem, ficando em situação de muita vulnerabilidade e dependência, não terá nunca condições para apontar o dedo acusador a certos poderes e interesses instalados no município e na área aonde se deu a trágica ocorrência. E a tradição, com as subserviências ou cumplicidades das autoridades responsáveis, é tudo acabar por ser serenado, ou abafado, e voltar-se ao mais do mesmo!!!