Quase 30% dos deputados têm quotas em empresas

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José Sena Goulão / Lusa

A Iniciativa Liberal é o partido com a maior percentagem de deputados que detém capital de empresas privadas. PCP e Livre não têm nenhum deputado nesta situação.

Dos 230 deputados portugueses, 62 têm quotas em empresas, uma percentagem de 27%, avança o JN. Proporcionalmente, a Iniciativa Liberal é o partido que mais tem deputados nesta situação. Dos seus oito parlamentares, três têm participações em empresas, o que se traduz numa percentagem de 37,5%.

Segue-se o Chega, onde quatro dos 12 representantes estão nesta situação (33,3%). O PSD fica em terceiro em termos relativos, visto que 25 dos seus 77 deputados têm quotas em presas (32,5%). O PS é o quarto, com 28 dos 120 deputados (23,33%).

Nos restantes partidos, há apenas mais dois parlamentares com quotas em empresas — Catarina Martins, a líder do Bloco de Esquerda, que é dona de 8% de um alojamento turístico rural em conjunto com o marido; e Inês Sousa Real, líder do PAN, que têm quotas em três empresas também em conjunto com o marido.

Os deputados do PS apostam mais na indústria (oito participações) e no turismo e hotelaria e agricultura (sete participações cada). No PSD, o imobiliário é o setor onde os deputados mais investem (12), seguindo-se o turismo e hotelaria e a saúde (seis cada).

A quota com o montante mais elevado pertence a Francisco Oliveira, deputado do PS, que detém 50% do capital uma empresa de gestão hoteleira, num investimento com um valor de 875 mil euros.

Há também 17 empresas detidas a 100% por deputados, sendo que 10 destas são propriedade de parlamentares que estão em exclusividade (cinco do PS, quatro do PSD e um do Chega). A detenção de quotas em regime de exclusividade é permitida desde que o deputado não seja remunerado pela empresa.

O PS tem o maior número absoluto de deputados em exclusividade que têm quotas em empresas (23 dos 98 socialistas neste regime), seguindo-se o PSD (15 em 50).

Já em termos percentuais, é novamente a IL que domina (três dos sete deputados em exclusividade têm participações em firmas, uma taxa de 42,9%), seguindo-se o PSD (30%), e o PS (23,5%).

ZAP //

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