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“Decisão lamentável”. Pyongyang continua aberta ao diálogo com os EUA

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A Coreia do Norte indicou que continua aberta ao diálogo com os EUA, depois de Donald Trump ter anulado a cimeira entre os dois países, o que Pyongyang considera uma decisão “extremamente lamentável”.

“Reiteramos aos EUA a nossa determinação de nos sentarmos cara a cara, a qualquer momento e da maneira que for, para resolver este problema”, declarou Kim Kye Gwan, o primeiro vice-ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, em comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial do país, KCNA.

“O anúncio abrupto da anulação da reunião foi inesperado para nós e só o podemos qualificar de extremamente lamentável“, acrescentou.

No mesmo dia, a Coreia do Norte concluiu o desmantelamento da base de testes nucleares, naquilo que considera ser a “aposta pacífica” do regime de Pyongyang num “mundo livre de armas atómicas”, assinalou a KCNA.

Foram detonadas pelo menos três das quatro redes de galerias subterrâneas do centro nuclear de Punggye-ri, na provínvia de Hamgyong do Norte, no noroeste do país, perante cerca de 20 jornalistas de cinco países: Coreia do Sul, China, EUA, Rússia e Reino Unido.

Trump cancelou, na quinta-feira, a cimeira com Kim Jong-un, prevista para 12 de junho em Singapura, invocando uma “raiva tremenda e hostilidade aberta” por parte da Coreia do Norte. Em causa estão, por exemplo, as declarações da vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, Choe Son-hui, que chamou “idiota” a Mike Pence.

“Não posso esconder a minha surpresa perante as observações idiotas e estúpidas vindas da boca do vice-Presidente norte-americano”, salientou a governante, referindo-se a uma entrevista de Pence, na qual este afirmou que o processo de desnuclearização podia seguir o modelo da Líbia, que terminou com a morte de Muammar Kadhafi, depois deste ter renunciado ao projeto de construir a bomba atómica.

Trump ameaça (mas também não descarta nova cimeira)

Na Casa Branca, pouco depois de anunciar o cancelamento da cimeira, o chefe de Estado advertiu que as Forças Armadas norte-americanas “são de longe as mais poderosas do mundo” e garantiu estar em contacto com a Coreia do Sul e o Japão para a eventualidade de ser necessária uma atuação conjunta.

Trump assegurou que o Pentágono “está preparado” para o caso de ser necessário tomar medidas militares contra a Coreia do Norte, se o regime norte-coreano responder ao cancelamento da cimeira bilateral com gestos “ingénuos ou imprudentes”.

No entanto, não deixou de lado a hipótese de a cimeira vir a acontecer. “Podem acontecer muitas coisas, incluindo, quem sabe, a cimeira poder realizar-se numa data posterior. Ninguém deve estar ansioso, temos de fazer as coisas bem“, afirmou.

“Se Kim Jong-un decidir relacionar-se connosco com um diálogo e medidas construtivas, estarei à espera”, assegurou. “Entretanto, as nossas fortíssimas sanções, que são de longe as mais fortes alguma vez impostas, e a nossa campanha de pressão máxima continuarão, como até agora”.

Segundo o Público, o cancelamento da cimeira foi recebido com desilusão um pouco por todo o mundo, a começar pela vizinha Coreia do Sul, que afirmou estar a “tentar perceber qual é a intenção do Presidente Trump e qual o seu real significado”.

O Presidente russo, Vladimir Putin, também lamentou este desfecho, lembrando, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente francês, Emmanuel Macron, que Pyongyang “cumpriu a sua parte”, tendo iniciado o desmantelamento do seu local de testes nucleares.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Donald Tramp, parece querer a guerra a qualquer custo, pois quem está a criar o cenário dantesco, é, precisamente, este Sr. . Dá a nítida impressão que os EUA querem testar num cenário real todo o seu arsenal bélico vanguardista, pois as empresas de armamento precisam de faturar, e para isso é necessário aliviar o stock. Donald Trump, faz-me lembrar a pessoa que disse : “Nem Deus será capaz de afundar o Titanic.” ; no entanto, bastou um Iceberg para o afundar. Menosprezar a Rússia e a China é próprio de quem sofre de insanidade.

  2. Por enquanto podemos dormir em paz, no entanto, nem sempre será assim. O livro do Apocalipse adverte: “E saiu outro cavalo, um cavalo vermelho; e ao que estava montado nele foi dado que tirasse a paz da terra, de modo que os homens se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.” (6:4)

    Jesus adverte: “E haverá também coisas atemorizantes, e poderosos fenômenos incomuns do céu.” (Lucas 21:11) Muitos dos manuscritos contém as palavras “e geadas” [και χειμωνες] (chamamos isso hoje de “inverno nuclear”), e em Marcos 13:8 “e desordens” [και ταραχαι] (no sentido de caos e anarquia). Haverá também significativos tremores, falta de alimentos e epidemias ao longo e largo das regiões.

    Esta “grande espada” também levará à mudança climática e à fome global. (Apocalipse 6:5, 6) O que significa tudo isso? Temos aqui uma imagem completa das conseqüências da guerra nuclear global. Jesus também afirmou: “Tudo isso será o início das dores de parto.” (Mateus 24:7, 8)

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