Putin pede calma aos EUA e defende o Irão. “Não é preciso resolver as coisas assim”

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Alexei Danichev / Kremlin / EPA

O Presidente russo, Vladimir Putin, criticou a decisão dos EUA de enviar um porta-aviões para o Mediterrâneo para apoiar Israel na guerra contra o grupo Hamas, pedindo a Washington para não agravar a situação, apelando a que sejam encontradas “soluções de compromisso”.

Vladimir Putin apelou aos EUA que não agrave o conflito entre Israel e Palestina.

“Não entendo por que razão os Estados Unidos estão a enviar um grupo de porta-aviões para o mar Mediterrâneo e a anunciar um segundo. Não percebo a razão. Vão bombardear o Líbano? O que vão fazer? Ou decidiram apenas assustar alguém?”, interrogou-se Putin, na sessão plenária da Semana Russa da Energia.

“Mas há pessoas que já não têm medo de nada. Não é necessário resolver os problemas desta forma, mas sim procurar soluções de compromisso. Mas, claro, estas ações agravam a situação”, defendeu o líder russo.

O Pentágono mobilizou o porta-aviões Gerald R. Ford da Marinha dos EUA, bem como o cruzador de mísseis guiados USS Normandy, bem como os ‘destroyers’ de mísseis guiados Thomas Hudner, USS Ramage, USS Carney e USS Rossevelt.

Segundo o jornal online Politico, um outro porta-aviões, o USS Dwight D. Eisenhower, com os seus navios e aeronaves associados, poderá chegar em breve ao Mediterrâneo oriental.

Putin acusou os EUA de terem negligenciado os mecanismos de resolução estabelecidos para a solução do conflito israelo-palestiniano, que envolve a criação de um Estado palestiniano independente, com Jerusalém Oriental como capital.

O Presidente russo disse ainda que a não implementação desta solução é agravada pela questão dos colonos no território palestiniano ocupado.

“É claro que é uma tragédia e que há muitas queixas de ambos os lados. Mas, agora, o que devemos tentar minimizar as perdas entre os idosos, mulheres e crianças”, argumentou Putin, acrescentando que espera que “num futuro próximo a situação se acalme”.

Putin defende Irão

O líder russo quis deixar claro que a posição do seu país sobre o conflito israelo-palestiniano não é nova, lembrando que a Rússia sempre defendeu a implementação da resolução das Nações Unidas e o estabelecimento de um Estado palestiniano independente.

Putin disse ainda que não identificou qualquer prova do envolvimento do Irão no ataque a Israel por parte do movimento islâmico Hamas.

“O Irão é acusado de todos os males, como de costume, sem provas. Não há nenhuma prova. Veremos. Espero que o senso comum prevaleça”, disse Putin.

Esta quarta-feira, o líder supremo do Irão, Ali Kamenei, repetiu a ideia de que o seu país está orgulhoso da juventude palestiniana pelo ataque surpresa contra Israel, mas voltou a negar o envolvimento nessa ação.

O movimento islâmico Hamas lançou no sábado uma ofensiva em território israelita, tendo Israel retaliado com bombardeamentos da Faixa de Gaza.

O conflito provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 1.055 em Gaza desde sábado, segundo dados das duas partes.

// Lusa

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7 Comments

  1. Que lata Putin! Não era preciso invadir e declarar Guerra à Ucrânia, usando as suas palavras “não se resolvem os problemas desta forma, mas sim procurar soluções de compromisso” . Quanto à sua preocupação de “tentar minimizar as perdas com idosos, mulheres e crianças” porque não mostra a mesma preocupação na Ucrânia? Olha para o que eu digo e não para o que eu faço.

  2. Mais do que isso,
    assassino de jovens, idosos e
    Crianças indefesas, mas que género de pessoa é ele, para
    apregoar moralidade?

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