Putin admite momento difícil. EUA esperam ver o presidente da Rússia em negociações

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EPA/Vladimir Astapkovich / Kremlin

Vladimir Putin

Discurso do presidente no Dia Nacional da Rússia. Blinken fica à espera de uma contra-ofensiva bem sucedida.

A Rússia assinalou nesta segunda-feira o seu Dia Nacional. A 12 de Junho de 1990, foi declarada a soberania da Rússia em relação à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Mesmo em tempos de guerra com a Ucrânia, Vladimir Putin fez o seu discurso habitual, de apelo ao patriotismo.

“Este feriado marca a inseparabilidade da nossa história secular, a grandeza e a glória da pátria”, começou por afirmar o presidente da Rússia.

Putin admitiu que o momento é difícil no seu país: “Hoje, num momento difícil para a Rússia, os sentimentos de patriotismo e orgulho unem a nossa sociedade ainda mais. Servem como um apoio confiável para os nossos heróis que participam da operação militar especial na Ucrânia”.

Esperança dos EUA

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse hoje esperar que uma contraofensiva bem-sucedida da Ucrânia contra as forças russas possa forçar o Presidente russo, Vladimir Putin, a negociar a paz.

“Um sucesso desta contraofensiva pode fazer duas coisas: fortalecer a posição (da Ucrânia) na mesa de negociações e pode ter o efeito de finalmente conseguir que Putin negocie o fim desta guerra que ele começou“, defendeu Blinken, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo italiano, Antonio Tajani.

“Nesse sentido, poderá aproximar a paz, não afastá-la”, acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana.

Blinken disse estar confiante de que as forças ucranianas terão sucesso, já que Kiev anunciou nos últimos dias a recaptura de quatro localidades na região leste de Donetsk – os primeiros ganhos territoriais obtidos após o início desta contraofensiva.

De acordo com Blinken, porém, qualquer paz “terá de ser sustentável, ou seja, uma paz que não deixe a Rússia nas suas posições rearmando-se e atacando novamente seis meses, um ano ou dois anos depois”.

O secretário de Estado norte-americano disse esperar que a NATO forneça “apoio político e prático robusto”, durante a cimeira da Aliança Atlântica em Vílnius, em julho.

ZAP // Lusa

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