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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, em reunião com o Ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
Aliado de longa data segue para secretário do conselho de segurança nacional da Rússia. Vice-primeiro-ministro vai assumir a pasta da Defesa.
O presidente russo, Vladimir Putin, propôs a demissão do ministro da Defesa e aliado de longa data, Sergei Shoigu, nomeando o vice-primeiro ministro, Andrei Belousuv para o lugar.
De acordo com a agência Associated Press, depois de propor a demissão de Sergei Shoigu, Vladimir Putin assinou um decreto a nomeá-lo secretário do conselho de segurança nacional da Rússia, substituindo Nikolai Patrushev.
A nomeação de Andrei Belousuv, economista com pouca experiência militar, como ministro da Defesa, terá que ser aprovada pelos deputados russos e pode ser vista como uma surpresa.
O Kremlin afirmou, de acordo com a BBC, que o Ministério da Defesa deve manter-se “inovador”.
Apesar de não ter qualquer formação militar — é engenheiro civil de profissão — Shoigu conseguiu a pasta da Defesa graças à relação de amizade que mantém com o presidente russo.
Muitos não gostaram da sua nomeação. Um deles foi o falecido líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que em 2023 disse que Shoigu era um “sacana” e um “palhaço idoso” em mensagens áudio que se tornaram virais.
Esta remodelação surge numa altura em que Putin inicia o seu quinto mandato presidencial e a guerra na Ucrânia dura há mais de três anos.
Além disso, a mudança acontece semanas depois de o vice-ministro da Defesa russo Timur Ivanov, responsável por projetos de construção militares, ter sido detido e acusado de aceitar subornos em grande escala.
A equipa do falecido líder da oposição russa, Alexei Navalny, conduziu investigações anticorrupção e acusou Ivanov — aliado de Sergei Shoigu — de ter um estilo de vida luxuoso. Timur Ivanov foi alvo de sanções dos Estados Unidos e da União Europeia em 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
ZAP // Lusa
