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Eleições no Brasil: PT aclama Lula, Marina anuncia terceira tentativa

Paulo Pinto / Fotos Públicas

Convenção Nacional do PT, na casa de Portugal, em São Paulo, escolheu Lula da Silva para candidato

A formalização da candidatura de Lula para um terceiro mandato presidencial é uma forma de “lidar com um sistema podre”, disse o presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann.

O ex-presidente brasileiro Luis Inácio Lula da Silva, detido desde abril por corrupção, foi este sábado designado candidato do Partido dos Trabalhadores às eleições presidenciais. A designação foi feita por aclamação, com Lula da Silva ausente mas omnipresente, numa Convenção Nacional do partido que teve lugar na casa de Portugal, em São Paulo.

A formalização da candidatura de Lula para um terceiro mandato é uma forma de “lidar com um sistema podre”, disse o presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ao anunciar a nomeação de Lula, à frente de quase 2 mil ativistas.

Lula da Silva, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, está a cumprir uma sentença de 12 anos de prisão em Curitiba, no Estado do Paraná, por corrupção e branqueamento de capital no âmbito do caso do apartamento no Guarujá, em São Paulo, que o ex-Presidente recebeu de uma construtora em troca de favores nas adjudicações públicas de obras.

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Lula da Silva, Marina Silva

Marina Silva anuncia terceira tentativa

A ambientalista Mariana Silva defendeu hoje em Brasília o realinhamento político no Brasil, país polarizado ideologicamente entre direita e esquerda, no anúncio da sua terceira tentativa de chegar à Presidência da República.

“Desde 2010 tenho dito que nós vamos fazer um realinhamento político, acabar com a oposição cega que só vê defeitos mesmo quando há acertos evidentes”, disse Marina Silva, que intervinha na convenção do partido Rede Sustentabilidade.

“Se houver virtudes vamos reconhecer mesmo quando existem erros inaceitáveis. Não queremos abolir a inteligência e o ato de pensar na política. O ato de ter um pensamento firme e independente quando necessário”, acrescentou.

Em defesa do seu passado, Marina Silva disse que trilhou o caminho da política, mas nunca deixou de percorrer o caminho dos estudos de psicanalise e psicopedagogia, e exaltou a sua espiritualidade, frisando que se move pela fé e pela determinação.

“Tenho a fé para remover as montanhas que eu não tenho como escalar”, afirmou.

O partido Rede Sustentabilidade confirmou por aclamação o nome de Marina Silva, que terá ao seu lado para o cargo de vice-presidente o ex-deputado Eduardo Jorge, do PV, numa candidatura batizada de “Unidos para Transformar o Brasil”.

Aos 60 anos, Marina ficou conhecida no Brasil por defender a agenda ambiental. Foi deputada estadual no Acre (1991-1994) e senadora pelo mesmo Estado brasileiro em duas ocasiões (1995 a 2010).

A sua passagem mais marcante na política foi no cargo de ministra do Meio Ambiente, entre 2003 e 2008, no governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disputou a Presidência do Brasil em duas eleições, em 2010 e 2014, não tendo chegado na segunda volta em nenhuma das ocasiões.

As eleições presidenciais brasileiras realizam-se em outubro.

// Lusa

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